Lema de Vida:

Aprender até morrer, morrer sem nada saber!!

quinta-feira, outubro 30, 2008

Humor sempre!


Acabei de ver mais um episódio d' Os Contemporâneos... e só tenho uma palavra: FANTÁSTICO!

Piadas subtis, dedicadas ao Bom Português Submisso, críticas mordazes a pormenores da vida portuguesa... Melhores que os Gato Fedorento, na minha modesta opinião, eu que sou fã eles desde a altura em que só escreviam no Blogue e faziam o Perfeito Anormal.


E Os Contemporâneos têm outro ingrediente que acho magnífico... além de mágico e perfeito em qualquer personagem: Nuno Lopes.

sábado, outubro 25, 2008

Sorrio...


Ouço-a falar na descendência. Grita a quem a quer ouvir que a descendência "entrou em Veterinária", é estudante exemplar mas também vive a vida...

Pena é que eu seja das poucas pessoas que sabe que Veterinária é afinal Enfermagem Veterinária porque não havia média, porque viver a vida é muitas vezes incompatível com ser estudante exemplar...

Impressiona-me a facilidade da mentira e sobretudo o "poucochinho" que algumas pessoas são... e para piorar, são também professores!

quinta-feira, outubro 23, 2008

Afinal...?

Obrigada

No passado ano lectivo e neste início, alterações na minha vida pessoal fazem-me pensar na escola... na entrega que lhe dou, na disponibilidade que sempre manifestei, na vontade de ser empreendedora e dinâmica...

E concluo que não vale a pena!
Não vale a pena continuar a ter as atitudes que sempre tive, descurar a minha vida familiar e/ou ambições pessoais em função das inúmeras actividades que dinamizava na escola... Já percebi que, caso continue o sistema de avaliação como está, nunca chegarei a titular e I don't care!!

Invisto o que puder na minha felicidade pessoal e intelectual e faço o meu trabalho bem feito... o resto passa ao lado! Faço como os funcionários públicos normais, sentados na sua cadeira de escritório, que depois do horário de expediente, muitas vezes antes mesmo, arrumam as suas coisitas e vão para casa esquecendo o trabalho.

Por que motivo tenho eu que estar a gastar tempo a preparar aulas se não sou minimamente valorizada? Por que tenho que corrigir coisas, muitas vezes asneiras grossas, se depois não servem para nada? Por que tenho que aturar desrespeitos constantes de filhos... e quando os pais sabem ainda me criticam por ter castigado o "minino"? E, não esquecendo quem tem filhos, "perder" tempo com os filhos dos outros em detrimento de estar com os meus?

Sou professora, não sou ama-seca e muito menos masoquista... [ainda não estou a 100% nesta versão, no entanto caminho para lá a passos largos]

Obrigada, Sra ministra!

quarta-feira, outubro 22, 2008

Tarot


You are The High Priestess


Science, Wisdom, Knowledge, Education.


The High Priestess is the card of knowledge, instinctual, supernatural, secret knowledge. She holds scrolls of arcane information that she might, or might not reveal to you. The moon crown on her head as well as the crescent by her foot indicates her willingness to illuminate what you otherwise might not see, reveal the secrets you need to know. The High Priestess is also associated with the moon however and can also indicate change or fluxuation, particularily when it comes to your moods.


What Tarot Card are You?
Take the Test to Find Out.

sábado, outubro 18, 2008

Nim...!!!

Encontrei hoje uma amiga professora. Como sempre, o assunto foi a escola, em particular a avaliação, claro!

Disse-me ela que têm que entregar os objectivos individuais até 31 de Outubro.

"E na tua escola?", perguntou ela.
"Não sei.", respondi eu.
"Como não sabes?", questiona ela com cara de quem está a ser gozado.
"Não sei porque não sei nem se sabe nada. Aliás nem se fala do assunto.", respondi eu, com vergonha.


Posso ter todos os defeitos do mundo mas gosto de saber com que linhas me coso... e o que a S. achou, a incredulidade na cara dela, é a mesma que eu vou mantendo na escola. Ninguém sabe de nada... aliás se eu não for perguntando aos titulares como está a situação, não sei mesmo de nada. Nem se a avaliação vai para a frente ou se vão tomar uma posição contra. Nada. E o NIM desagrada-me particularmente!!


Em conversa na sala de professores, o assunto tem sido comentado, claro, e se por um lado alguns de nós percebem a posição de cautela, de não avançar até se saber mais, de deixa lá ver, outros não querem que nos seja pedido em cima do joelho as coisas para ontem. Incluo-me nos dois grupos. Claro que a minha escola não é as outras... claro que sim, cada caso é um caso... mas PORRA! somos todos professores e devíamos ter t*****s para assumir uma posição.


Já discuti muito a favor da avaliação e contra este modelo, já discuti com colegas que têm posições de destaque noutras escolas e discordei do que se faz lá, já discuti e já concordei...


Na minha escola, NÃO SEI... e detesto não saber...

sexta-feira, outubro 10, 2008

O Magalhães













Fico muito feliz pela miudagem ter aderido ao Magalhães... fico feliz que todos os pais, mesmo aqueles que não têm dinheiro para dar o pequeno-almoço aos filhos, terem aderido ao Magalhães... fico feliz por saber que é bom escreve no Magalhães...
MAS SE CALHAR SERIA ÓPTIMO SABER ESCREVER E FALAR PORTUGUÊS DECENTEMENTE PRIMEIRO!!!

quarta-feira, outubro 08, 2008

Trova do vento que passa

Pergunto ao vento que passa
notícias do meu país
e o vento cala a desgraça
o vento nada me diz.

Pergunto aos rios que levam
tanto sonho à flor das águas
e os rios não me sossegam
levam sonhos deixam mágoas.

Levam sonhos deixam mágoas
ai rios do meu país
minha pátria à flor das águas
para onde vais? Ninguém diz.

Se o verde trevo desfolhas
pede notícias e diz
ao trevo de quatro folhas
que morro por meu país.

Pergunto à gente que passa
por que vai de olhos no chão.
Silêncio -- é tudo o que tem
quem vive na servidão.

Vi florir os verdes ramos
direitos e ao céu voltados.
E a quem gosta de ter amos
vi sempre os ombros curvados.

E o vento não me diz nada
ninguém diz nada de novo.
Vi minha pátria pregada
nos braços em cruz do povo.

Vi minha pátria na margem
dos rios que vão pró mar
como quem ama a viagem
mas tem sempre de ficar.

Vi navios a partir
(minha pátria à flor das águas)
vi minha pátria florir
(verdes folhas verdes mágoas).

Há quem te queira ignorada
e fale pátria em teu nome.
Eu vi-te crucificada
nos braços negros da fome.

E o vento não me diz nada
só o silêncio persiste.
Vi minha pátria parada
à beira de um rio triste.

Ninguém diz nada de novo
se notícias vou pedindo
nas mãos vazias do povo
vi minha pátria florindo.

E a noite cresce por dentro
dos homens do meu país.
Peço notícias ao vento
e o vento nada me diz.

Quatro folhas tem o trevo
liberdade quatro sílabas.
Não sabem ler é verdade
aqueles pra quem eu escrevo.

Mas há sempre uma candeia
dentro da própria desgraça
há sempre alguém que semeia
canções no vento que passa.

Mesmo na noite mais triste
em tempo de servidão
há sempre alguém que resiste
há sempre alguém que diz não.

Manuel Alegre (daqui)

quinta-feira, outubro 02, 2008

Hoje estou assim...

É muito tempo a desejar o tempo
De mudar ventos, levantar marés
É muita vida a desejar o alento
Que faz saber ao certo quem és

É funda a toca onde te escondes tanto
Tem a distância entre o silêncio e a voz
A vida rasga bocadinhos gastos do mundo
Vai descascando até chegar a nós

A tu que sabes tanto de mim
Tu que sentes quem eu sou
Dá-me o teu corpo como ponte que me salva
Do que o medo fechou

São muitos dias a perder em vão
Sem nunca entrar dentro de um labirinto
É muita vida a não ser o que tu sentes
A planar sobre o que eu sinto

É quase noite, não te escondas mais
Vai desatando até entrar o ar
Dá-me um gesto que me diga o teu fundo
Uma palavra para te tocar

Tu que sabes tanto de mim
Tu que sentes quem eu sou
Dá-me o teu corpo como ponte que me salve
Do que o medo fechou

Tu que sabes tanto do sol
E és uma de outra margem de mim
Olha-me dentro como chão que me agarre

Pode ser esta noite quente
A estrada aberta mesmo à nossa frente
A tu e eu a descobrir o ar
Não é preciso correr
Não é urgente chegar
O que é preciso é viver

Outra Margem de Mim - Mafalda Veiga (daqui)