No passado ano lectivo e neste início, alterações na minha vida pessoal fazem-me pensar na escola... na entrega que lhe dou, na disponibilidade que sempre manifestei, na vontade de ser empreendedora e dinâmica...
E concluo que não vale a pena!
Não vale a pena continuar a ter as atitudes que sempre tive, descurar a minha vida familiar e/ou ambições pessoais em função das inúmeras actividades que dinamizava na escola... Já percebi que, caso continue o sistema de avaliação como está, nunca chegarei a titular e I don't care!!
Invisto o que puder na minha felicidade pessoal e intelectual e faço o meu trabalho bem feito... o resto passa ao lado! Faço como os funcionários públicos normais, sentados na sua cadeira de escritório, que depois do horário de expediente, muitas vezes antes mesmo, arrumam as suas coisitas e vão para casa esquecendo o trabalho.
Por que motivo tenho eu que estar a gastar tempo a preparar aulas se não sou minimamente valorizada? Por que tenho que corrigir coisas, muitas vezes asneiras grossas, se depois não servem para nada? Por que tenho que aturar desrespeitos constantes de filhos... e quando os pais sabem ainda me criticam por ter castigado o "minino"? E, não esquecendo quem tem filhos, "perder" tempo com os filhos dos outros em detrimento de estar com os meus?
Sou professora, não sou ama-seca e muito menos masoquista... [ainda não estou a 100% nesta versão, no entanto caminho para lá a passos largos]
E concluo que não vale a pena!
Não vale a pena continuar a ter as atitudes que sempre tive, descurar a minha vida familiar e/ou ambições pessoais em função das inúmeras actividades que dinamizava na escola... Já percebi que, caso continue o sistema de avaliação como está, nunca chegarei a titular e I don't care!!
Invisto o que puder na minha felicidade pessoal e intelectual e faço o meu trabalho bem feito... o resto passa ao lado! Faço como os funcionários públicos normais, sentados na sua cadeira de escritório, que depois do horário de expediente, muitas vezes antes mesmo, arrumam as suas coisitas e vão para casa esquecendo o trabalho.
Por que motivo tenho eu que estar a gastar tempo a preparar aulas se não sou minimamente valorizada? Por que tenho que corrigir coisas, muitas vezes asneiras grossas, se depois não servem para nada? Por que tenho que aturar desrespeitos constantes de filhos... e quando os pais sabem ainda me criticam por ter castigado o "minino"? E, não esquecendo quem tem filhos, "perder" tempo com os filhos dos outros em detrimento de estar com os meus?
Sou professora, não sou ama-seca e muito menos masoquista... [ainda não estou a 100% nesta versão, no entanto caminho para lá a passos largos]
Obrigada, Sra ministra!
3 comentários:
Estou consigo, colega.
Também gostava de deixar o meu mais sentido agradecimento à senhora socióloga que conseguiu curar-me de uma terrível maleita, da qual eu padecia desde criança: o Síndrome do Perfeccionismo. Só tenho pena que a «médica» tenha sido quem foi, mas que fazer? Em contrapartida, e como o Ministério quando dá uma galinha quer logo em troca um leitão, parece que me pegou alergia à adesivite.
pois é, colega! como a compreendo!! também eu sacrifiquei muito da minha vida pessoal para dar o máximo à carreira que escolhi, sonhei com, um dia, uma educação que fosse uma prioridade para o governo, mas...fico pelo sonho e adiro à reforma antecipada, pois recuso-me a ser uma "mera funcionária pública". Tudo menos isso!!! Um dos maiores erros em que caímos foi termos aceite ser considerados FP...agora não há nada a fazer e querem-nos "mangas de alpaca" no seu pior. Vou com mágoa, com mais exploração (36% de redução no salário, ao contrário do que acontece com os quadros superiores da FP, exemplo a não seguir no nosso país de corrupção instalada), mas vou com dignidade, que ISSO, ninguém nos pode tirar. Por isso, fica aqui o meu conselho, colega: não se torna FP, leve a sua profissão com dignidade e dedicação até ao fim, porque os alunos, esses, não têm a culpa. Só assim será feliz no que faz, não é?
SER PROFESSOR
Ser professor é ser artista,
Malabarista,
Pintor, escultor, doutor,
Musicólogo, psicólogo,
É ser mãe, pai, irmã, avó,
É ser palhaço, estilhaço,
Espantalho, bagaço,
É ser ciência e paciência,
É ser informação, é ser acção.
É ser bússola, é ser farol.
É ser luz, é ser Sol.
Incompreendido?... Muito.
Defendido?.. Nunca.
O seu filho passou?
Claro, é um génio.
Não passou?
O professor não ensinou.
Ser professor...
É um vicio ou vocação
É outra coisa...
É ter nas mãos o mundo de
Amanhã
Amanhã
Os alunos vão-se...
E ele, o mestre, de mãos vazias,
Fica com o coração partido.
Recebe novas turmas,
Novos olhinhos ávidos de
Cultura
E ele, o professor
Vai despejando
Com toda a ternura, o saber, a orientação
Nas cabecilhas novas que
Amanhã
Luzirão no firmamento
Dá pátria
Fica a saudade...
A amizade.
O pagamento real?
Só na Eternidade.
Cumprimentos,
Bruno Jesus
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