Lema de Vida:

Aprender até morrer, morrer sem nada saber!!

segunda-feira, outubro 30, 2006

Carta Aberta do Eng. António Ruas a Todos os Professores

Professores
A propósito das avaliações e do processo continuado de desacreditação dos Professores que a Ministra quer impor à opinião pública, gostaria que os Professores pensassem no seguinte:

Em vez de fazerem greves inócuas, que ainda por cima cheiram a férias desapropriadas entre feriados, os professores deviam pensar seriamente em cumprir integralmente nas suas escolas o seu horário de trabalho.

Passo a explicar:
Pela manhã, TODOS os professores se apresentavam nas suas escolas para iniciarem o seu dia de trabalho. Agora vai ser necessário um pouco de aritmética, mas da mais básica. Se um professor tem 3 horas de aulas num dia, cumpre mais quatro horas de permanência na escola. Nessas quatro horas é suposto corrigir testes, preparar aulas, elaborar enunciados das provas,
etc., etc. Tudo o que se relacione com a sua profissão e que normalmente está habituado (mal) a fazer em casa.
É também suposto utilizar as secretárias, as cadeiras, os computadores e as impressoras da escola para o seu trabalho. É que também é suposto que, antes de exigir resultados, a escola lhe forneça condições de trabalho. No final das sete horas de trabalho diário (7 x 5 = 35) saíam da escola para casa, deixando na escola o trabalho que ficou por fazer.
Facilmente os Conselhos Executivos chegarão à conclusão que a escola não oferece condições aos professores para que estes trabalhem, e terão que o comunicar ao Ministério, ou não há seriedade dos Conselhos Executivos.
Ou tentarão os Conselhos Executivos agir de forma a convencerem os professores de que como estes se acotovelam na escola o melhor será irem para casa?
Mas poderão os professores ser penalizados por quererem exercer o seu trabalho no local de trabalho que lhes está por natureza determinado?
Deixem de ser um bando e passem a actuar como um grupo. TODOS para as escolas desde manhã, a cumprir o horário de trabalho na escola, o local de trabalho natural.
Atasquem completamente as escolas com a vossa presença e deixem que a ausência de condições de trabalho faça o resto.
Deixem-se de greves inócuas e atrapalhem verdadeiramente o sistema de forma legal.
Provem de uma vez por todas que querem trabalhar e que este patrão não vos dá condições de trabalho apesar de vos exigir resultados, e ainda por cima enxovalhando-vos continuamente. (…)
Sejam de uma vez por todos PROFESSORES UNIDOS.
Se assim não for, rendam-se às evidências e façam o trabalho dos auxiliares educativos como se passa na Guarda ao tirar faltas, ao levar livros de ponto para as salas, ao levar meios audiovisuais pessoais por a escola não ter, que ajudam o ministério a poupar uns cobres.
E NÃO SE QUEIXEM.
Para quem não sabe, não sou professor.
Sou um reles engenheiro que às vezes pensa nestas coisas, muitas delas
quando às quatro ou cinco da manhã grito para a minha mulher que está no
escritório a corrigir testes e pergunto se não se vem deitar.

Quero voar, quero voar

Já prometi tanto que um dia vou partir
Mas parece que não irei cumprir
Não julgues ser fácil esta decisão
Há coisas, sei que não terão perdão

O vento vai-me chamando na sua direcção...

Sabes bem que és alguém
que nunca vou esquecer
imagina a mágoa de viver
com a pressa de partir,
sem me despedir
há coisas, sei que nem ouso pedir

Quero voar, descobrir um mundo
Quero sonhar, conhecer esse lugar
onde eu possa parar...
E quem sabe, quem sabe até ficar

Eu não diria, que um dia
viesse a descobrir
estar esse lugar dentro de mim
mas até aí chegar, preciso de procurar
Há coisas, sei que não irão voltar





"Quero voar, quero voar" - André Sardet

quarta-feira, outubro 25, 2006

Ele há coisas....

Diz um dos leitores deste blogue que eu sou uma pessoa que muda de direcção como o vento. Caro amigo, se me conhecesse pessoalmente, saberia que isso é uma das coisas que não me acontecerá.

A minha única preocupação são os alunos e a forma como eles saem da escola, não necessariamente instruídos mas sobretudo educados.

Agora não admito é situações como a do post da avaliação de um professor por um pai. Obviamente que é uma caricatura (tenho pena que não tenha sido entendida por todos) mas uma caricatura séria e que em alguns sítios reflecte o que muitos pais podem vir a fazer.

A questão da educação dos Pais: a minha mãe é doutorada em maternidade e trabalho doméstico e o meu pai tem a pós-graduação em motorista, ambos com a formação inicial de 4ªclasse. Nunca na vida irei cuspir na educação que me foi dada, e sei, com orgulho, que fui bem-educada por estes "analfabetos". Sei também que a maior parte das pessoas que vivem no campo, apesar de menos instruídas são muitas vezes mais educadas. Tenho as costas largas porque estou neste campo, vivi numa aldeia até sair de casa, tenho a educação de subir às arvores, correr com as ovelhas, matar frangos para alimentar a casa, apanhar batatas e cebolas, sujar-me de lama, cal, pó da terra, coisas que muito boa gente nunca fez ou ouviu falar.

Não me venham falar do vento ou de ser troca-bolas... Preocupam-me os alunos, preocupam-me os pais (já várias vezes aqui escrevi que CONCORDO com a avaliação feita pelos pais), no entanto quero deixar claro que não admito avaliação sem critérios específicos, não quero avaliações por caras ou por notas, além de que não admito que pessoas que se dizem professores conspurquem a profissão que mais amo no mundo. É à conta dessa rapaziada incompetente que eu sou apontada e que sou tratada como uma porcaria pela sociedade.

NUNCA ME DIGAM QUE VOU PARA ONDE VAI O VENTO.... até porque eu tenho as raízes bem profundas!!

Querido professor!

Querido professor,

Hoje portei-me bem e o que fez o professor que passa a vida a ralhar comigo? Nada. Nem um sorriso!

Não me dá a mínima atenção se eu me portar bem, colocar o dedo no ar para responder e até fizer os trabalhos de casa. No entanto, se eu rir às gargalhadas, atirar aviões de papel, e perturbar a aula, você vê que eu existo e até fala comigo...

Porquê?

Se só existo quando me porto mal... então por que motivo me hei-de portar bem?

*Para reflexão de Pais e Professores

terça-feira, outubro 24, 2006

A porcaria dos Professores!

As vezes, os Pais têm toda a razão quando dizem mal dos Professores...

De facto, não adianta nada defender os professores enquanto classe. Não é importante nem vale a pena!
Não vale o sacríficio de uns para bem de outros...
Há gente que se diz professor mas dá erros, é mal-formado, é intolerante e pouco solidário, entre outras magnificas qualidades.

Esforço-me por fazer o meu trabalho o melhor possível e só Deus sabe os sacríficios físicos que faço para ter tudo pronto, e no entanto professores que vivem ao lado da escola ou não fazem ou fazem pouco e mal...

Não entendo algumas atitudes egoístas de muito boa gente mas talvez a nossa classe estivesse numa posição melhor se o trabalho fosse levado a sério por todos.

Critica-se a rectidão e a intolerância que alguns Pais mostram para com os professores, incompetentes ou não, mas são estes Encarregados de Educação que, muitas vezes, manifestam em voz alta o que na sala de professores se diz em voz baixa!

segunda-feira, outubro 23, 2006

Avaliassão do Prufeçôr do mê Filho

As razões dum Pai


O gaijo nã presta. O gaijo fala, fala, fala mas o puto nã entende pêva do que ele tá práli a dizer e por isso é que nã aprende. Depois, só porque o puto recebe uma mensagem no telemóvel, que até fui eu que lha mandei porque ele tinha deixado o gato fechado na cozinha, põe-se aos gritos com ele que preturba a aula. Preturba mas é o c.... que o gato podia dar-nos cabo do almoço. O gaijo é mas é parvo. Nã tem comprensão pelos alunos, é o que é. Deu nega ao meu puto, mas agora quem vai ter a nega é ele! E vamos aver se pró ano, se calhar outra vez ao puto este gaijo como professor, ele nã le vai dar uma nota de geito... nã percisa ser um 5, que eu também sei que o meu puto não tem grande queda para os estudos, mas o que ele nã tem é de andar praí a perjudicar o futuro dos miudos que assim com notas dessa, como é que vão comseguir tirar as facoldades? O gaijo quer é ser ele e os da sua laia a serem dotores só eles. Eu cá já decidi: nota negativa! Mai nada!


Uns pais até podem ser advogados e gente muito letrada mas muitos pais serão como este!

Estarei certa?

sábado, outubro 21, 2006

Problema De Expressão

Uma música dos Clã... Apeteceu-me!
Não porque esteja com problemas de expressão no Amor mas sobretudo porque ontem senti dificuldades a conversar com uma pessoa que gosto muito. A conversa girava em torno de mais uma dicotomia no universo da educação: Psicólogos-Professores.

Pelos vistos, tive dificuldade a fazer-me entender. No entanto, quero acreditar que toda a teorização que envolveu a conversa seja ultrapassada com o contacto com a vida real, com aqueles argumentos reais que usei sobre a influência dos psicólogos na nossa sala de aula. Quero acreditar que a "mania que sabe" que eu e toda a gente teve aos 20 anos seja ultrapassada pela entrada no Mundo do Trabalho onde o contacto com a vida real nos permite esquecer alguma teorização, ou então, só questionar essa mesma teorização que nos serviu de base.


Eu sei que o fiz. E sei que muitos anos de disciplinas teóricas pouca influência têm agora, na vida real...

Só pra dizer que te Amo,
Nem sempre encontro o melhor termo,
Nem sempre escolho o melhor modo.

Devia ser como no cinema,
A língua inglesa fica sempre bem
E nunca atraiçoa ninguém.

O teu mundo está tão perto do meu
E o que digo está tão longe,
Como o mar está do céu.

Só pra dizer que te Amo
Não sei porquê este embaraço
Que mais parece que só te estimo.

E até nos momentos em que digo que não quero
E o que sinto por ti são coisas confusas
E até parece que estou a mentir,
As palavras custam a sair,
Não digo o que estou a sentir,
Digo o contrário do que estou a sentir.

O teu mundo está tão perto do meu
E o que digo está tão longe,
Como o mar está do céu.

E é tão difícil dizer amor,
É bem melhor dizê-lo a cantar.
Por isso esta noite, fiz esta canção,
Para resolver o meu problema de expressão,
Pra ficar mais perto, bem mais de perto.
Ficar mais perto, bem mais de perto.

quinta-feira, outubro 19, 2006

Part-time

Fiz greve ontem e não hoje. E pelo que tenho andado a ler, sou grevista em part-time... :D [rio-me sozinha]

No início de cada ano lectivo, faço questão de marcar os testes para o ano todo. Primeiro porque quero ter o luxo de escolher a data com os alunos sem confusão, depois porque quero escapar-me daquelas semanas complicadas em que normalmente os miúdos têm 5 testes na semana. Sei que numa dessas semanas o rendimento dos alunos é menor, assim como o seu descanso, logo tento fazer o melhor para eles.

Tendo este princípio por base, hoje era dia de testes das minhas turmas do Secundário. Se fizesse greve hoje, teria que alterar datas de testes, mexer com o rendimento da turma, eventualmente prejudicar alguns colegas..., logo optei por fazer greve ontem, quando as consequências dessa acção seriam menores.

Claro que a essência de uma greve é prejudicar... mostrar a importância da classe... tudo bem, mas nós não somos motoristas da CP que paramos a capital, não conseguimos mexer claramente com a economia, o produto do nosso trabalho só se vê a longo prazo! Além disso, não prejudicámos a Ministra em nada... Os filhos dela (ou enteados) já têm idade para estar na faculdade e de certeza que não frequentaram a escola pública.

A Ministra é arrogante, ofende-me quando diz que não sei ler ou interpretar a nova proposta do ECD, ofende-me quando não me deixa engravidar ou partir uma perna, ofende-me quando me quer responsável pela vida dos meninos que abandonam a escola por razões alheias à instituição e aos professores, ofende-me quando divide a classe em Prof. Titular ou Prof., ofende-me quando põe os pais contra os professores através da comunicação social pouco esclarecedora e manipuladora... E fiz greve por tudo isto!

Fiz greve em part-time. E daí? Quem trabalha em part-time deixa de ser um trabalhador?

Portugal vale a pena!

Eu conheço um país que tem uma das mais baixas taxas de mortalidade de recém-nascidos do mundo, melhor que a média da União Europeia.

Eu conheço um país onde tem sede uma empresa que é líder mundial de tecnologia de transformadores. Mas onde outra é líder mundial na produção de feltros para chapéus.


Eu conheço um país que tem uma empresa que inventa jogos para telemóveis e os vende para mais de meia centena de mercados. E que tem também outra empresa que concebeu um sistema através do qual você pode escolher, pelo seu telemóvel, a sala de cinema onde quer ir, o filme que quer ver e a cadeira onde se quer sentar.

Eu conheço um país que inventou um sistema biométrico de pagamentos nas bombas de gasolina e uma bilha de gás muito leve que já ganhou vários prémios internacionais. E que tem um dos melhores sistemas de Multibanco a nível mundial, onde se fazem operações que não é possível fazer na Alemanha, Inglaterra ou Estados Unidos. Que fez mesmo uma revolução no sistema financeiro e tem as melhores agências bancárias da Europa (três bancos nos cinco primeiros).

Eu conheço um país que está avançadíssimo na investigação da produção de energia através das ondas do mar. E que tem uma empresa que analisa o ADN de plantas e animais e envia os resultados para os clientes de toda a Europa por via informática.

Eu conheço um país que tem um conjunto de empresas que desenvolveram sistemas de gestão inovadores de clientes e de stocks, dirigidos a pequenas e médias empresas.

Eu conheço um país que conta com várias empresas a trabalhar para a NASA ou para outros clientes internacionais com o mesmo grau de exigência. Ou que desenvolveu um sistema muito cómodo de passar nas portagens das auto-estradas. Ou que vai lançar um medicamento anti-epiléptico no mercado mundial. Ou que é líder mundial na produção de rolhas de cortiça. Ou que produz um vinho que "bateu" em duas provas vários dos melhores vinhos espanhóis. E que conta já com um núcleo de várias empresas a trabalhar para a Agência Espacial Europeia. Ou que inventou e desenvolveu o melhor sistema mundial de pagamentos de cartões pré-pagos para telemóveis. E que está a construir ou já construiu um conjunto de projectos hoteleiros de excelente qualidade um pouco por todo o mundo.




O leitor, possivelmente, não reconhece neste País aquele em que vive - Portugal. Mas é verdade. Tudo o que leu acima foi feito por empresas fundadas por portugueses, desenvolvidas por portugueses, dirigidas por portugueses, com sede em Portugal, que funcionam com técnicos e trabalhadores portugueses.

Chamamse, por ordem, Efacec, Fepsa, Ydreams, Mobycomp, GALP, SIBS, BPI, BCP, Totta, BES, CGD, Stab Vida, Altitude Software, Primavera Software, Critical Software, Out Systems, WeDo, Brisa, Bial, Grupo Amorim, Quinta do Monte d'Oiro, Activespace Technologies, Deimos Engenharia, Lusospace, Skysoft,

Space Services. E, obviamente, Portugal Telecom Inovação. Mas também dos grupos Pestana, Vila Galé, Porto Bay, BES Turismo e Amorim Turismo.



E depois há ainda grandes empresas multinacionais instaladas no País, mas dirigidas por portugueses, trabalhando com técnicos portugueses, que há anos e anos obtêm grande sucesso junto das casasmãe, como a Siemens Portugal, Bosch, Vulcano, Alcatel, BP Portugal, McDonalds (que desenvolveu em Portugal um sistema em tempo real que permite saber quantas refeições e de que tipo são vendidas em cada estabelecimento da cadeia norte-americana).



É este o País em que também vivemos. É este o País de sucesso que convive com o País estatisticamente sempre na cauda da Europa, sempre com péssimos índices na educação, e com problemas na saúde, no ambiente, etc. Mas nós só falamos do País que está mal. Daquele que não acompanhou o progresso. Do que se atrasou em relação à média europeia.



Está na altura de olharmos para o que de muito bom temos feito. De nos orgulharmos disso. De mostrarmos ao mundo os nossos sucessos - e não invariavelmente o que não corre bem, acompanhado por uma fotografia de uma velhinha vestida de preto, puxando pela arreata um burro que, por sua vez, puxa uma carroça cheia de palha. E ao mostrarmos ao mundo os nossos sucessos, não só futebolísticos, colocamo-nos também na situação de levar muitos outros portugueses a tentarem replicar o que de bom se tem feito. Porque, na verdade, se os maus exemplos são imitados, porque não hão-de os bons serem também seguidos?



Nicolau Santos, Director - adjunto do Jornal Expresso

In Revista Exportar

terça-feira, outubro 17, 2006

Greve


O dia vai correr bem... Sei que sim!

Não sei se foi de ir pôr gasóleo a 0.911€/L se foi de ver um Anjo a sorrir, o que é facto é que estou sorridente e feliz.

Além disso, cheguei à escola e ela está quase vazia de professores.

Estou em Greve!

segunda-feira, outubro 16, 2006

Fico furiosa!


Em conversa com uma colega mais velha, pertíssimo da Reforma, falamos da Greve e ela atira esta frase:

- Isso é para vocês, os novos! Eu já lutei muito!

Pois é, já lutou muito mas podia continuar a fazê-lo e manter-se ao lado destes professores novos.

Eu já decidi, vou fazer greve! Greve de zelo, apesar de me apetecer ficar em casa a descansar. Mas não! Não serei igual a tantos outros...

Faço greve porque sou professora.
Faço greve porque quero ser avaliada com rigor e competência.
Faço greve porque quero ter filhos e poder apoiá-los.
Faço greve porque ... porque sim! Porque SOU PROFESSORA e quero uma educação e ensino melhor para os meus meninos!!

quinta-feira, outubro 12, 2006

Fórum no Pais Atentos

No Fórum "Será que os interesses se sobrepõem à razão?", efectuei este comentário:

Caros Senhores, o que me leva a entrar e a responder neste fórum é a falta de entendimento que observo entre pais e professores. Já o defendi várias vezes no meu blogue que esta falta de entendimento não magoa nem pais nem professores mas acba por prejudicar claramente a educação dos miúdos e só uma completa articulação e entendimento entre os dois lados pode resultar no que todos esperamos da Escola.

Sou professora há oito anos e na minha área não me posso dar ao luxo de não preparar aulas (basta pensar no que aconteceu com o 'planeta' Plutão e com os recentes Nobel da Química e da Medicina), se quero que os meus alunos estejam preparados para o futuro, eles não pode ter aulas com conhecimentos já ultrapassados. :D Os meus testes não são todos iguais de ano para ano, até porque as turmas são diferentes, o tempo de ocupação com cada tema pode ser diferente, encontrei imagens mais giras, o que for...

Mas, SIM, tem razão alguns de nós fazem isso. :)

Mas também alguns de vós não são assim tão atentos, pois não? :D


Caros senhores, com todo o respeito que me merecem, não atirem pedras a TODOS os professores, denunciem os maus profissionais que existem em todas as profissões e pronto. Não vale a pena generalizar porque, acreditem, muitos muitos professores andam a trabalhar a vosso lado na educação dos seus filhos, muitos e muitos professores são competentes e adoram a sua profissão aplicando nela todas as suas forças.


O Governo faz guerra aos funcionários públicos e a Ministra aos professores. Também muitos pais violentam fisica e psicologicamente os filhos e eu não acho que todos os pais sejam assim, agora que o Governo vai colocar a mão ainda mais pesada na legislação sobre os maus tratos.
Sejamos Honestos. Todos estamos a trabalhar para o mesmo e não há necessidade de guerras.

Posição esta que já aqui defendi vezes sem conta... assim como a Avaliação dos Professores!

terça-feira, outubro 10, 2006

segunda-feira, outubro 09, 2006

Xeque-Mate


E quando eu menos esperava, ela atirou-me ao tapete com a última jogada.



Ela 1 - Eu 0



Terei mais forças para continuar em jogo?

Filha és, mãe serás!

Já tinha acontecido quando as minhas manas cá estiveram... Aconteceu quando fui no último fim de semana a casa dos meus pais... E hoje voltou a acontecer. Confirma-se. Estou cada vez mais parecida com a minha mãe!! (e não sei se isto é uma coisa boa)

As minhas manas queixaram-se que eu era muito esquisita e meticulosa com a arrumação das compras e da loiça. O meu pai estranhou eu estar a lavar e arrumar loiça, que tinha ficado do dia anterior, às 8h da manhã num sábado. Hoje fez-me impressão a desarrumação na cozinha de uma amiga.

Meu Deus! Estou cada vez mais parecida com a minha mãe! Pronto, não tenho os caracóis, mas estarei a ficar rabugenta? Não tenho a mania das limpezas mas estarei a caminhar para lá?

Decididamente, começo a fazer um balanço da minha vida, agora que estou quase a chegar aos 30, e apesar de gostar muito da minha "Caracoleta", não sei se vou no caminho certo. Eu que tanto a questionei, ficarei como ela? (as coisas boas, tudo bem, agora as outras...)

quinta-feira, outubro 05, 2006

Balanço

Depois de três semanas de aulas, um breve balanço:
Adoro as minhas turmas!

Os 9ºanos são turmas normais de Ensino Básico com as habituais dificuldades iniciais para começar a trabalhar mas depois.... Tenho que falar alto demasiadas vezes e receio pelas más influências que aquela rapaziada pode sofrer por parte dos mais velhos. Afinal estão em plena adolescência com as hormonas todas em ebulição!

O 10ºano são demasiado calados para o meu gosto. Há quem ache a turma ideal, eu não. Preciso que eles se agitem mais, que participem mais, que pensem mais, que discutam mais, que respirem... Acho óptima aquela concentração toda mas uma piada e/ou sorriso às vezes fazem maravilhas!

O 11º ano desiludiu-me. Não em termos de resultados porque já conheço as capacidades deles mas porque o seu comportamento não condiz com a idade cronológica. Nem faço mais comentários para não me chatear sozinha!

Dia do Professor




A primeira fase do saber
é amar os nossos professores.

Erasmo de Roterdão




A todos os meus colegas e amigos Professores, um Dia descansado e feliz.

segunda-feira, outubro 02, 2006

Comigo, portou-se bem!

Ao almoço, o assunto andou pelas aulas e pelos assuntos, como é costume. E falámos em alunos que se portam bem ou mal consoante o professor.
A frase "Mas comigo porta-se bem..." é criticada por uns mas é um facto para outros.
Falámos no S., mas podíamos falar no D., um dos meus alunos com NEE. Chocámos muito no início mas hoje consegui uma pequena vitória. Portou-se bem e estava compenetrado no seu papel de apresentador do trabalho de grupo. Elogiei-o e sorriu, no entanto não consegui que mantivesse aquela postura na aula toda, falhou somente nos últimos minutos.
Quando mostrei o meu receio por ficar com esta turma, disseram-me para não me preocupar que o D. "leva-se bem" mas tem que se ter paciência. Não tive logo de início essa paciência, obriguei-o a portar-se convenientemente e fui [e sou] exigente com ele. Ter NEE não significa ser mal-educado!!
Hoje posso dizer "Comigo porta-se bem!" mas e nos restantes dias??

domingo, outubro 01, 2006

Pais e Profs II

Em conversa com a minha cunhada, mãe da minha afilhada que entrou agora para o 1ºano, apercebi-me de uma coisa, algo que pode perfeitamente ser o título de um filme de M. Night Shyamalan.

A eterna guerra entre pais e professores

Vasculho na net em busca de informações sobre um tema e descubro http://paisatentos.no.sapo.pt/.

Vou dar uma volta pela blogosfera e leio isto http://incomprof.blogspot.com/ .

Perdoem a minha inocência. Não tenho filhos e não tenciono ser melhor que ninguém.
Mas não há hipótese de haver uma plataforma de entendimento??
Tem mesmo que haver grupos a remar cada um para seu lado??
Não estaremos todos à procura de uma Sociedade melhor e mais bem-educada?

[Já não percebo nada disto! E acho uma parvoíce esta guerra!]