Lema de Vida:

Aprender até morrer, morrer sem nada saber!!

sábado, março 29, 2008

O telemóvel, outra vez, outra vez

A propósito da violência na escola, tenho ouvido frequentemente a expressão "No meu tempo, não era assim..."
Tretas!
Claro que era.
As medidas de punição é que eram bem mais graves. Os nossos pais eram bem mais presentes e qualquer passo em falso era castigo certo.
Os professores eram mais rigorosos. Os professores também tinham uma autoridade rígida a respeitar. Era bonito ter um filho educado. Era motivo de orgulho a criança portar-se bem. Agora, a geração que foi tão apertada, está a libertar-se com os seus filhos, a permissividade impera, o não sou pai, sou amigo vence...
Sendo menina bem-comportada ao longo do Unificado (Básico), no meu 9º ano, no primeiro período, dei metade do limite de faltas a Educação Física. Quando a carta chegou, o meu pai passou-se e, além de me castigar, bateu-me. Não vou dizer se foi mal ou bem feito, o que é facto é que nunca mais dei faltas, nem aquela disciplina nem a outra.

O telemóvel, outra vez

Confesso que ando um bocado [grande] farta desta história do telemóvel e da aluna do Porto.

Perdoem-me mas a professora está deprimida porquê? Afinal só fez queixa no Executivo depois das imagens serem mediatizadas, uma semana depois do acontecimento...
Obviamente que só posso falar por mim, no entanto parece-me que deixar passar esta situação sem qualquer participação do sucedido foi um erro (já para não falar numa acção mais enérgica dentro da sala), sinal de que ou esta situação foi só mais uma ou então aquela escola nada faz para apoiar os docentes.
A aluna foi transferida! Nós até não iamos fazer nada mas já que a televisão anda por aqui, mandamos a miúda para outro sítio e eles que se lixem!
Só já falta ouvir os pais. Aqueles a quem a menina faz o mesmo todos os dias... aqueles que a habituaram a ser assim... aqueles que não lhe ensinaram o valor da autoridade!

O Governo. É só um reflexo da Sociedade, onde não há autoridade, onde o polícia vai preso e o ladrão ri-se, onde os chefes ganham balúrdios mas quem trabalha ganha uma miséria por fazer o seu trabalho e o do chefe... Acordem! O problema da escola não é a escola mas sim tudo o que a rodeia...
A sala de aula é do professor e do aluno, e lá dentro o confronto é constante!

sexta-feira, março 21, 2008

No Porto...

Parece que circulou ontem nos telejornais...
Situação repetida n vezes nas salas de aula... às vezes temos é vergonha de comentar que já nos aconteceu confrontos deste género!

terça-feira, março 18, 2008

Não nos esquecemos...

Numa altura em que só os alunos me dão alegrias... (e mesmo assim, a gente já sabe como é!), começo a pensar em como será no próximo ano.


Porquê, perguntam vocês. Porque acompanhei, pela primeira vez, um turma do 10º ao 12º ano e "apeguei-me" terrivelmente a eles. Sentimentalmente, fico triste com as suas pequenas guerrilhas, fico triste pelos seus insucessos, fico triste pela sua imaturidade. No entanto, olho para eles e vejo adultos responsáveis, uns mais sinceros que outros, uns mais traiçoeiros que outros... uns que souberam aproveitar oportunidades, outros que se esforçam exaustivamente para alcançar o que se propõem.

Independentemente disto tudo, fico contente com a mensagem que mandaram de Lloret...

Bom filho à casa torna...

No meio desta confusão, ninguém deu pela minha falta... e fizeram muito bem!!

Deixei de escrever sobretudo por estar numa fase má, em Novembro, por me sentir mal comigo mesma, sem sorrisos e boa disposição.

Entretanto, veio Dezembro e o mal-estar na escola avolumou-se... resolvi não escrever por não querer vir destilar veneno neste pequeno espaço.

Veio Janeiro e toods os professores sabem o que isso significou para a nossa existência profissional. A minha revolta aumentou! A minha vontade de sair do ensino também!

Na escola, tivemos uma sessão de esclarecimento com um jurista que desmontou a legislação de tal forma que saí de lá a chorar... Alunos nunca mais...! (achava eu)
O tempo passou e a revolta continua, o desejo de mudança também...

Não sei o que vai acontecer mas sei que vou continuar a ser professora, afinal os meus alunos são o que me dá alento e me faz continuar... apesar do desrespeito que os seus pais, encarregados de educação e opinião pública posaam pensar de mim enquanto profissional!!