Na primeira noite, eles se aproximam
e colhem uma flor de nosso jardim
e não dizemos nada.
Na segunda noite já não se escondem
pisam as flores e matam o nosso cão
e não dizemos nada.
Até que um dia, o mais frágil deles, entra
sozinho na nossa casa, rouba-nos a lua
e, conhecendo o nosso medo,
arranca-nos a voz da garganta.
E porque não dissemos nada,
já não podemos dizer nada.
(Maiakovski, 1917)
e colhem uma flor de nosso jardim
e não dizemos nada.
Na segunda noite já não se escondem
pisam as flores e matam o nosso cão
e não dizemos nada.
Até que um dia, o mais frágil deles, entra
sozinho na nossa casa, rouba-nos a lua
e, conhecendo o nosso medo,
arranca-nos a voz da garganta.
E porque não dissemos nada,
já não podemos dizer nada.
(Maiakovski, 1917)
2 comentários:
Não conhecia e adorei :)
Há coisas que são eternamente actuais...
**
Adoro este poeta! Pena haver tão pouca coisa traduzida para português.
Beijinho e boas férias!
Teresa Lopes
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