Finalmente!

Depois do ano passado, parece que, este ano, os professores podem ir para férias com uma alma diferente. Os concursos estão a correr bem, não há grandes chatices, não há culpas solteiras, nem gaffes gravíssimas (pelo menos parece).
A nossa Patroa veio ontem dizer que o ano lectivo ia iniciar-se com normalidade. Acho muito bem!
A nossa Patroa veio também dizer que todos os docentes iriam realizar as suas tarefas não lectivas na escola. Maravilha!
Sempre fui apologista que todo o trabalho que temos que realizar fosse desenvolvido na escola. Mas acrescentei sempre que teríamos que ter condições. Não estou a pôr entraves, estou sim a imaginar...
A imaginar a minha escola deste ano... com todos os docentes a preparar aulas na sala de professores.
Onde? Não há mesas suficientes e só há dois computadores. Ok.
Mas há computadores na sala de Directores de Turma? Claro que há, dois, mais precisamente um porque o outro não funciona.
A Biblioteca está sempre aberta? Não. Fecha à hora de almoço e à quarta e sexta à tarde.
A Reprografia está sempre disponível? Não. Tem horário semelhante à Biblioteca.
Só estas breves questões, que eu acho essenciais, mostram que a maior parte das escolas não está preparada para tal situação. O que não significa que eu não concorde com esta proposta.
Segundo a mesma notícia, "As necessidades de cada escola vão ser evidenciadas no trabalho de análise aos resultados das provas nacionais."
Qual análise? Do tipo da que foi feita nos rankings de Exames nacionais de 12ºano? Ao menos, tenham bom senso. Não comparem alhos com bugalhos...
Será que é desta? Será que finalmente vamos ter um ME a apostar na Educação? Vamos esperar...