«O que impressiona, nas intervenções mediáticas dos responsáveis do Ministério da Educação, é a ausência total de uma palavra de apreço e incentivo para com os professores. Quando ela vem, parece forçada, demasiado geral,(...)
Fica-se com a sensação de que o ME tem do professor a ideia de alguém que goza de privilégios imerecidos, que sobe «à balda» na carreira, que falta às aulas quanto pode, que se está nas tintas para o aluno, que se esquiva o mais possível ao trabalho e ao esforço. (...)
Neste momento constata-se que o clima das escolas (professores cansados, abatidos, deprimidos - dos que pertencem às «excepções») não contribui para a boa aplicação dos novos estatutos que aí vem. (...)
Quem, nesta reforma, pensa no tipo de trabalho, material e imaterial, que o professor fornece, para que a relação mestre-aluno, produza os efeitos esperados? Relação extrememente delicada, que não se reduz à transmissão de conhecimentos, mas que exige do professor um investimento múltiplo, emocional e intelectual, que provoca um desgaste psíquico e existencial extremo. (...)
Ele [o professor] não investe uma ou duas 'competências', investe na aula a sua existência inteira.»
Visão, 09.Nov.06, pág 170
* os negritos são meus
** Há alguém que tenha escrito um melhor argumentos de defesa dos professores perante a nossa Sociedade?
2 comentários:
Felizmente ainda há pessoas que reconhecem o nosso valor.
Deixei um desafio para ti no meu cantinho;)
Pq será q a maioria das pessoas n vêem isso? O q é um país sem a educação e sem os professores? Enfim, tristeza de país.....
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