Lema de Vida:

Aprender até morrer, morrer sem nada saber!!

quinta-feira, setembro 29, 2005

Hoje foi dia de substituição...

Pois é... Saiu-me na rifa!
Já tinha preparado e pensado algumas coisitas, incluindo o sudoku sugerido pelo Miguel.

Fui substituir um colega de Matemática numa turma de 8ºano da qual também sou professora (tive sorte!). Em conversa anterior com os alunos já tinha concluído acerca das dificuldades em Matemática mas sobretudo na preguiça que possuem em exercitar os neurónios. Assim sendo, decidi colocá-los a fazer a tabuada no quadro e passar tudo para o caderno.

Não tinha a noção disto mas havia rapaziada que não sabia que 2 x 8 é dezasseis!! E, em 22 alunos, só um percebeu que aquilo era de 2 em 2...

Passámos o tempo naquilo...

Saí da sala apontando mentalmente que teria que falar com o colega de Matemática sobre o que tinha feito e o que planeava fazer.

O que estou a planear??
Qualquer coisa dita anti-pedagógica... só saem da aula de Ciências depois de responder a uma conta da tabuada... (eu aprendi os verbos irregulares de Inglês assim e não morri!)

8 comentários:

(Pa)Ciência disse...

E os erros a português nos testes?! Bom... às vezes nem acreditava no que lia! Mas sim, essa "anti-pedagogia" só lhes vai fazer é bem :)

Anónimo disse...

Já lá vai o tempo (antes das calculadoras ne escola) em que eu mandei recados para casa a avisar que tinham que saber a tabuada. Mas, nesse tempo, eles ainda percebiam que "aquilo era de 2 em 2" (ou de tantos em tantos), (era a "moda", no 1º ciclo, de que não se decora nada, basta compreender), só que com o tempo que levavam a chegar a 4x9 perdiam o fio ao problema, e então tive que ceder...passaram a ter uma folhinha no caderno com a tabuada. Depois chegaram as calculadoras à escola. Mas chega-se também ao 3º Ciclo, em que precisam de calculadoras científicas, e, por motivos óbvios, há aulas e testes em que não é permitida calculadora. Há tempos, num teste de 7º ano em que isso acontecia, tranquilizei-os dizendo para me chamarem se houvesse alguma conta menos simples de dividir (muitas turmas de 1º ciclo nem chegam a ver nunca como se faz). Mas um dos melhores alunos da turma chamou-me a pedir, com ar implorante, que lhe dissesse quanto era 3x4. Respondi-lhe tal e qual assim: Miguel!!!!! Nem penses que digo! Moral da história: ele encontrou mesmo, e rapidamente, a resposta - o vício de pegarem na calculadora anda a fazer que automaticamente lhe peguem até para 2x2, e por este andar qualquer dia ainda acaba por não ser mero hábito automático, para ser real necessidade.

mr pavement disse...

não tenho substituições.

se as tivesse, a ideia da tabuada seria aplicada com muita frequência e gosto. há que mostrar à malta nova que pensar é útil.

cumprimentos de um recém alentejano [pelo menos durante a semana].

saltapocinhas disse...

E eu ando desde o início das aulas abatalhar na tabuada e aprometer castigos cada vez mais medonhos aos que não a decorarem na próxima semana! Agora fiquei mais descansada (ou mais preocupada, ainda não decidi). Não sabem a tabuada no 8.º ano? Isso é grave, mas MUITO mais grave ainda é não compreenderem o seu mecanismo!
Os meus pequeninos quando não sabem a tabuada põem-se logo a contar pelos dedos. Pelo menos isso aprenderam!!

saltapocinhas disse...

PARA O IC: No 1.º ciclo os alunos aprendem a perceber a tabuada e também a DECORAM. E as contas de dividir por 1, por 2 e por 3 algarismos, com numeros inteiros e decimais, tb se aprendem no 1.º ciclo.Não sei em que raio de escola andaram esses alunos que referes!

Anónimo disse...

saltapocinhas:
Eu também não sei em que raio de escolas andaram alguns (para quê perguntar-lhes ao fim de 3 ou 4 anos?) O meu neto compreendeu e aprendeu muito bem as contas com a sua professora do 1º Ciclo, e no 2º Ciclo o professor não foi em cantigas de calculadora, continhas de dividir ali todas apresentadas nos testes... (Eu continuo a confiar que as más excepções não fazem a regra geral)
A IC ;)

Pedro disse...

No 8º ano sem saberem a tabuada? Não é de admirar... Com a permissão de calculadoras nas aulas de matemática o resultado só pode ser esse.
Nas minhas aulas de Geografia, quando dou as escalas não deixo utilizar a calculadora e vislumbro a mesma conclusão: os miúdos não sabem a tabuada...
Quanto às aulas de substituição, apesar de se dizer que correspondem a horas não lectivas, a verdade é que estamos a leccionar matéria.

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