Decididamente...

Pais e Profs

Numa altura em que os Professores voltam a estar na baila por causa de greves, os Pais já se preparam para mais esta guerra. Por todas as escolas já se ouvem reclamações que ganhamos bem [até somos o terceiro país onde melhor os profs ganham] , que não fazemos nada, que temos muitas férias... A Ministra até já lhes deu mais um docinho, podem ser eles a constituir o Executivo.

É obvio que há professores maus, k erram e fazem mal isto ou aquilo... mas nós temos que estar sempre de pé atrás, estamos a levar pancada de todo o lado e não conseguimos responder... Claro que existem os sindicatos, mas eu não posso sentir-me representada por um grupo de pessoas que não lecciona há muitos anos.

Entretanto, falo com algumas pessoas e descubro que pode haver um são entendimento se houver respeito pelo desempenho de cada um... Um entendimento sério, um trabalho em conjunto, uma parceria. Sem acusações ou medos mútuos, o principal objectivo é sempre o desenvolvimento e educação da criança. É possível... e seria muito mais interessante!!
Para isso acontecer, os pais deviam estar mesmo preocupados com a educação da rapaziada e não com o despejo no edificio (como alguns fazem) e os professores deveriam guardar as armas e dar o benefício da dúvida ao pai interessado!!

[Pronto, se calhar é melhor acordar do sonho!]

A seguir...

Pronto...

E já que há algumas pessoas que pensam que sou tarada [não é, M.?], aqui vai mais uma leitura com bolinha vermelha.

Desta vez é uma leitura mais "pesada" sobre a vagina e a maneira como tem sido vista ao longo dos tempos. Por exemplo, na Pré-História acontecia a idolatração do feminino e do órgão reprodutor mas na Idade Média, a Igreja envolveu a vagina na "escuridão" relegando-a para órgão porco e feio...

Uma forma interessante de olhar para os genitais femininos...

Boas Leituras!!

Sexo

Perdoem-me quem se ofender e quem for sensível a estes temas.

Este é o livro que acabei de ler e é fantástico!! Recomendo vivamente, e por vários motivos:
* aprendemos a conhecer os nossos corpos
* a selecção natural que o corpo da mulher faz pelo melhor espermatozóide
* os porquês da infidelidade
* os porquês da "dor de cabeça"


É óbvio que pode ferir susceptibilidades mas é uma análise muito objectiva e divertida do sexo, do sucesso reprodutivo do homem e da mulher.

Recomendo!



Exemplo de situação:

Explicação biológica:

Finalmente

Depois de ter andado uma semana a "engonhar" (o mesmo que fazer enchidos) com a turma do aluno invisual, chegou finalmente a colocação de uma professora de Ensino Especial. Portanto, as minhas aulitas começam agora a ser definitivamente delineadas.

Expliquem-me uma coisa, se souberem: depois de vários anos a colocar todo o tipo de gente como professor de Ensino Especial, porque motivo anda agora o ME feito esquisito? A bloquear uma série de situações?...

Mesmo sem a professora, o barco continuou a ser aguentado.
Por quem? Por aqueles professores não titulares que se esforçaram no sentido de evitar deficiências na aprendizagem do aluno.

Triste! Muito triste!

Pronto!

Está decidido!
Vou começar um novo blogue: A dona de casa que a minha mãe gostaria que eu fosse e eu não sou!

:D

A minha mãe não ia gostar da t-shirt branca que se transformou em laranja...

Primeira semana de aulas

Pronto!
Esta semana já passou!
Costuma ser a mais díficil para mim e este ano não foi excepção, se bem que o motivo não foi o mesmo dos outros anos.

Este ano, a primeira semana de aulas foi pautada pelo falecimento do David e o constrangimento com uma das turmas (a turma dele). Não soube o que fazer! Limitei a estar ali para o que fosse preciso e para receber de braços abertos as lágrimas dos alunos e deixar rolar pela minha cara as minhas.

Nas outras turmas, tudo normal. O 11ºano já teve aulas, mesmo aulas, a recapitular a matéria do ano passado, sem a eterna desculpa de "a professora não deu isso", pois a professora é a mesma! A turma de 10ºano é muito sossegadinha, muito quietos, quase não falam... não estou habituada e acho que vou ser eu a estragar a turma! :D
No básico, a turma com os NEE funcionou normalmente, com excepção do aluno invisual que continua sem professora de apoio, logo a ter os mesmos materiais que os outros, apesar das minhas tentativas para colmatar essa falta.

Saudades, sinto dos meus meninos do curso profissional, o 8ºE.
Inicialmente não dava nada por eles, mas depois foram-se revelando. Tenho saudades de ter puxado, mesmo que pouco, por eles. Há ali alunos com enormes potencialidades, como é o caso da Nádia e do Tiago, alunos com dificuldades mas esforçados, como o Nuno, e alunos que não querem saber daquilo para nada, como o Ricardo e a Ana.

Horas

Peço desculpa aos meus colegas do 1º ciclo mas tenho que concordar com a nova medida de impôr horas a destinar à Língua Portuguesa, à Matemática e às Ciências.

Até agora, muitos desses colegas, de acordo com as suas próprias preferências, davam mais importância a determinados temas em detrimento de outros.

A falar com colegas deste nível, soube que muitas vezes a Matemática ficava de lado. Ou então era a Língua Portuguesa e a Leitura.
Se calhar por isso, muitos miúdos chegam ao nono ano sem saber ler ou escrever convenientemente. Se calhar é por esse motivo, e por se dedicar demasiado (?) tempo às Expressões que muitos colegas nossos, agora docentes, continuam a dar erros ortográficos e a transmitir esse erro aos alunos, ou para fazer a média entre 20 e 30 precisam de calculadora.

Ainda bem que a minha professora primária me fez ler e fazer contas... :D

Onde estão os professores?

Como é normal à quinta-feira, fui ao quiosque comprar a Visão.
Hoje o tema de capa é a escola primária e as mudanças que vai sofrer... "Como as mudanças na antiga primária vão afectar milhares de pais e crianças" é o sub-título.

É impressão minha ou alguém se esqueceu que na escola também estão envolvidas outras pessoas, tipo umas pessoas em quem toda a gente bate com força, tipo uns cromos que continuam a fazer as coisas por carolice, tipo umas pessoas que se intitulam professores!!?

Para relaxar...

Gosto de ti...

A minha amiga M. quis... e eu dou-lhe!!

O Girassol faz-me lembrar uma acção de formação sobre amizade e auto-estima que tive em Cuba, com colegas de Serpa, onde adorei leccionar, e porque preciso de colocar a minha auto-estima no sítio dela, achei por bem colocá-lo aqui para lançar luminosidade e cor sobre um ambiente um pouco escuro.

Depois desta semana tudo voltará ao normal!!

É assim...

E se às vezes a vida de um professor está cheia de alegria, outras vezes a tristeza invade-nos!

No passado sábado, o David, de 14 anos, faleceu com a mãe num acidente de viação. Uma morte trágica de um menino que eu conheci no 7º ano e que tem sido meu aluno ao longo destes anos.
Tinha um ar angelical, era um bom amigo e uma pessoa bem disposta. Os colegas choram-no e os professores também!

Recordo dele o sorriso, a péssima caligrafia e os eternos desenhos de carros que fazia na parte de trás do caderno.

PAZ À SUA ALMA

E o funeral foi hoje, terça feira!! Chorei...

dói...

Nestes dias, tenho andado meio perdida. Sem rumo definido.
Balançada com os sentimentos e sem ter controlo sobre eles.


Hoje dificilmente segurei as lágrimas junto de um grupo de alunos que precisava de um porto de abrigo. Ontem, senti o coração apertado quando voltei a estar com os meus pais e se falou no meu avô. No outro dia, uma amiga teve bebé.

E as minhas inseguranças, medos e tristezas vêm acima, juntinho do limite em que transbordam. Não sei se as consigo segurar ou se tenho que voltar a erguer-me, como sempre, sem chatear ninguém, sem incomodar...

Entretanto, o tempo vai passando e há uma dor que vai permanecendo inalterável...

Tenho que fazer alguma coisa para mudar a minha vida. Dar um abanão em mim própria e acordar desta dormência. Aplicar na minha vida pessoal a genica que tenho na vida profissional!!

Tem que ser... Ou mais lágrimas cairão!!
(Perdoem o desabafo mas estou numa onda má!)

Parabéns aos meus meninos...

Já dei 11º e 12º ano várias vezes e em várias escolas mas nunca me apeguei tanto a esses miúdos como a esta turma. Foram meus alunos no 11ºano, fomos a Coimbra juntos, convidaram-me para o Baile de Finalistas para discursar... N coisas que os tornaram ainda mais especiais!

Esta manhã saíram as colocações e acordei com o telefonema dela, feliz da vida porque tinha ficado onde queria... na sua primeira opção!! E senti-me feliz... por ela mas por sentir o dever cumprido! Foi estranho, até porque só fui professora deles um ano mas não sei porquê, sinto aquela "vitória" como minha também....

Prémio

Ao telefone com a minha mãe, falava da escola e do trabalho que já existe. A certa altura a minha mãe diz:
- Vê lá se queres concorrer ao prémio!
- Qual prémio?
- O de melhor professor.
- Hã?
- Então não viste a televisão?
- Não.
- O Sócrates e a tua chefe querem atribuir um prémio ao melhor professor.
- Fixe.
E depois continuei a conversa com ela sem ligar mais ao assunto.

Não sei se sou eu que ando demasiado distraída mas não ouvi comentário nenhuma da blogosfera docente...

Um prémio para premiar e valorizar os bons professores, acho bem.
Valorização do trabalho.
Homenagem à condição de professor.
Acho que sim, parece-me bem...

Mas terei que dormir na escola para o ganhar? Terei que pedir o divórcio e não pensar em filhos? Deixarei de ter vida social? Terei que ser escravo do sistema para o ganhar? Se assim for, podem ficar com a taça, o prémio e claro, a estátua!!

Sporting 1 - Inter Milão 0

E o leão rugiu ontem à noite...
Ah Leão!!

11.Set.06

5 anos depois...

O que mudou mesmo?

Os EUA continuam a fazer porcaria pelo mundo fora...

O petróleo continuou a aumentar...

Os árabes e os judeus continuam a detestar-se...

Os muçulmanos continuam a ser discriminados...

E o nosso país continua a ajudar aquela nação que policia o mundo mas que abusa constantemente da sua autoridade...!!

:D

Diz-me, e eu esquecerei; ensina-me e eu lembrar-me-ei; envolve-me, e eu aprenderei.*

(Autor desconhecido)

* a partir deste comentário da Taizinha

Revista Xis

"Se eu quiser, mudo a minha escola

Agora é mesmo, as aulas começam para a semana, o Conselho Executivo diz que na próxima sexta tudo tem de estar a funcionar.

E eu? Como vou aguentar mais um ano lectivo? Ainda não sei. Às vezes penso que é melhor deixar correr, fazer o mínimo, não ter grandes expectativas nem gastar muitas energias: controlar a disciplina, cumprir o programa, dar-me bem (mas sem grandes intimidades) com os colegas, colaborar (nunca em excesso) com a direcção da escola, dizer umas piadas contra a Ministra (sem elogiar os sindicatos).

Uma questão de equilíbrio e bom senso, sou perita nisso. Como já sou um pouco velha, sei defender-me das armadilhas, não me deixo humilhar pelos alunos nem os pais fazem farinha comigo. Respeito as famílias, mas a experiência já me ensinou que muitos dos problemas dos miúdos têm origem em casa, por isso não vale a pena pensar que os vamos resolver de um momento para o outro. Vou apostar mais uma vez num ano tranquilo, farei as greves mas não entrarei em loucuras, nunca vou desistir de ter as aulas a funcionar. Serei Directora de Turma, nunca concordei que sejam professores muito novos a ter esse papel, mas não pensem que farei grandes esforços, uma reunião por período e duas horas por semana, lá para o fim da manhã, chegam para aturar a meia dúzia de pais que lá costuma aparecer, às vezes a mandar vir.

Sei que poderia ser diferente: às vezes, à noite, quando estou sozinha em casa, penso que, se quisesse, era capaz de mudar a escola.

E ponho-me a pensar como faria.

Era assim: na sala de aula, começava por pedir a cada um dos alunos o que esperava para o ano que agora começa, para que conseguisse chegar às diferentes vias que tenho de utilizar para conseguir uma boa aprendizagem para cada um; depois, punha o grupo a funcionar, a dois a dois ou mesmo todos ao mesmo tempo, para desde o início tirar partido das diferenças e estimular a participação.

Não me punha a ler o manual, como cheguei a fazer o ano passado, por preguiça ou medo de perder o controlo da turma: aproveitava novos materiais, sites na Net, recortes, figuras, para tornar a aula diferente em cada dia.

Com regras estabelecidas em conjunto, iria ter menos problemas, mas seria firme de início, sem ceder a provocações.

Trazia a Internet para a aula, o que é preciso é ensinar de modo diferente!

E na escola em geral? Bem, teria de ser mais activa. Sei que a Educação para a Saúde é agora obrigatória, muitos colegas dizem que não têm condições, mas no fundo sei que há muito a fazer: vou oferecer-me para coordenadora, falar com os pais, arranjar uma caixa de perguntas para os miúdos colocarem as dúvidas, ajudá-los a fazer pesquisa para a Área de Projecto. Não posso fazer de conta que não vejo tantos gordos, ou fingir que desconheço os que fumam "ganzas"!

E não vou fingir que nada tenho a ver com a colega que não impõe a disciplina (no ano passado saía a chorar das aulas). Sempre que puder, vou para junto dela, nada me proíbe de o fazer, em conjunto vamos ser capazes de pôr a sua aula a funcionar.

E vou propor mais reuniões do Conselho de Turma, chamar os pais para dizer bem dos filhos, aproveitar a força que eles têm para pressionarmos o ministério a fazer obras.

Vou ficar cansada, é claro, mas tenho a certeza que ficarei menos azeda: é que, francamente, já não suporto aqueles ajuntamentos na Sala dos Professores a dizer mal de tudo, com os alunos cheios de negas e tantos professores à deriva!"

Daniel Sampaio, XIS, 9 de Setembro de 2006

Desencontro

Que língua estrangeira é esta

que me roça a flor do ouvido,

um vozear sem sentido

que nenhum sentido empresta?

Sussuro de vago tom,

reminiscência de esfinge,

voz que se julga, ou se finge

sentindo, e é apenas som.



Contracenamos por gestos,

por sorrisos, por olhares,

rodeios protocolares,

cumprimentos indigestos,

firmes aperto de mão,

passeiso de braço dado,

mas por som articulado,

por palavras, isso não.

Antes morrer atolado

na mais negra solidão.


"Desencontro" de António Gedeão

retirado daqui

Acabaram-se os Anónimos*

Meu querido Anónimo, é a última vez que vou "bater boca" consigo... Não acredito no anonimato, já o disse.

Pelas suas palavras, depreendo que não conhece o meu blogue, que não o visita há muito. Se fosse esse o caso saberia que a minha vida fora da escola é tão ou mais importante que a escola propriamente dita. No entanto, os meus alunos merecem de mim o melhor possível e , graças à educação que recebi, não pertenço ao grupo dos que resmungam e nada fazem para mudar o mundo.
Não sou corporativista, principalmente porque a grande culpa da nossa situação é nossa, mesmo nossa!! A desunião, a maledicência, as eternas culpas para cima de alguém, as eternas preocupações com o próprio umbigo fez dos Professores aquela ralé que o Ministério manipula à vontade. Basta ver as negociações de qualquer coisa: se um sindicato não aprova, há, logo a seguir, 327 que o fazem... Além disso, este blogue não pode falar da sua vida ou da sua escola porque não o conheço, logo fala do que para mim é importante... e tanto quanto sei ler, já muitas vezes generalizei isso meso a outras situações (basta ver o post seguinte)!

Não insulte a minha pessoa a chamar-me egoísta! Não insulte a Ministra só porque discorda dela! O espírito de classe não se vê assim... vê-se na escola. A minha última greve fi-la na escola e Vossa Excelência provavelmente foi à praia!

Eu sou optimista! Eu acho que os Professores podem mudar o mundo e Portugal em específico! E adoro o meu trabalho! E adoro os meus alunos! E detesto anónimos sem capacidade nem coragem para assumirem o que dizem!

*cópia de uma resposta que deixei neste post

Ensino Especial

A pretexto da minha distribuição de serviço ter sido alterada, ando a pensar bastante na Educação Especial (coisa que talvez já devesse ter feito com maior regularidade).

Já tive, como todos os professores, alunos com Necessidades Educativas Especiais e com eles, apoiada pela professora de Ensino Especial, tive sucesso ou não na minha disciplina.

Quando leccionei em Mértola, tive uma turma de 8º ano com 28 alunos em que muitos alunos tinham NEE. Nunca me senti apoiada mas alguns alunos tiveram classificação positiva na disciplina de Ciências e sei que agora frequentam o 10ºano. Outras escolas por onde passei funcionavam assim também.

Em Almodôvar, este regime funcionava de forma bastante diferente. Nestes dois anos, tive alunos com NEE mas a professora de Apoio andava sempre por ali, disponível para ajudar no que fosse preciso... Havia reuniões com frequência, todo o apoio possível e, se não fosse possível hoje, amanhã seria de certeza... O objectivo era sempre ajudar os alunos, mesmo que o caso fosse desesperante como foi com o D. do 7ºC que, no ano passado, melhorou bastante e passou de ano.

Este ano, foi-me atribuída uma turma de 9ºano com alunos com NEE. Só que NÃO HÁ NENHUMA PROFESSORA DE ENSINO ESPECIAL!! Nem para uma situação tão específica quanto a existência de um aluno cego... já para não falar em hiperactividades e síndromas de uma série de coisas. NEM UM COLOCADO!! Estamos a falar de uma escola onde havia três professoras de Ensino Especial e todas com muito trabalho e situações deveras preocupantes.

Tudo bem que a Ministra diga que os professores têm que desenvolver um trabalho mais efectivo e que houve melhor gestão de recursos. Tudo bem que houve colocações em sítios onde de facto e comprovadamente havia necessidades.

MAS AQUI NÃO HÁ??????

Estes alunos, incluindo o aluno invisual que foi sempre acompanhado por uma mesma professora, vão fazer exames nacionais e merecem respeito!!

Imaginação

Obrigada a todos pelos comentários.

Por norma não respondo a nenhum a não ser que esse comentário me chame alguma atenção. E neste último post, dois anónimos chamaram a minha atenção porque detesto este tipo de comentários... Não escreveram nada de ofensivo ou mau mas não gosto da capa do anonimato!!

Um desses comentários merece resposta pelo facto de achar que passei as férias a imaginar coisas para a escola sem "imaginação para outras coisas". Pois bem, caro Anónimo, eu gosto de ter um caderninho na mala (coisas de mulheres!) e vou apontando coisas. Se a minha imaginação ou visão me disser alguma coisa, aponto e pode servir para muitas coisas... desde férias, sítios a visitar, compras a fazer ou sites a pesquisar...

Por isso, considero-me mais ou menos organizada e bastante imaginativa, apesar de nunca ter organizado teatros, feito arraiais, cortado fitas... mas são óptimas essas ideias!!

Novo ano lectivo

Ontem foi oficialmente lá na escola o início de um novo Ano Lectivo que desejo ser bom para mim e para todos os professores.

Muitas caras novas... e alguns cromos da casa, tipo eu e a Mourisca!

Pessoas simpáticas mas tristes por estarem longe de casa (e desta vez por 3 anos...)!
Uma colega veio de Barcelos com os dois filhotes de 6 e 10 anos... Outra traz uma bebé de meses... Outros faz não sei quantos quilómetros... Basicamente o costume mas desta vez por 3 anos...

Distribuição de serviço: a que já esperava... com a desilusão de não ter os meus meninos de 8º ano, mas continuando com os meus meninos do curso e os de 10º ano.

Horário: não se sabe de nada mas espero honestamente que não às oito da matina... (mais 3 anos a levantar às 5.30 não me parece saudável, nem para mim!)

Grupo: simpático... 50% olhos castanhos, 50% olhos azuis, maioria de mulheres novamente...

Projectos: eu e a Mourisca andámos a magicar coisas nas férias e chegámos à escola loucas de imaginação... e com projectos muito giros na manga! (Nós somos um espectáculo!)

Para tudo isto ser cinco estrelas, o Tareco e o Matemático deveriam estar connosco mas abandonaram-nos... mas foi para fugir às cantorias de um elemento mouro, logo têm desculpa!! :D

Estou contente por voltar ao ritmo! Tinha saudades!
Bom ano lectivo a todos!!

Manuais escolares

Questiono a vigência por seis anos dos manuais escolares, a propósito de um artigo da Visão. É-me impossível concordar com este facto apesar de não subscrever as mesmas razões dos editores.

É óbvio que sei que os manuais escolares são um grande peso financeiro para as famílias, e para quem tem mais que um filho então é brutal esse peso.

Mas tenho que deixar aqui as minhas razões contra esta duração. Sendo professora de Biologia e esforçando-me por estar sempre a par das novidades científicas, sei que a maioria dos professores não o faz, e o manual funciona como o suporte a todo o processo de ensino-aprendizagem.

Imaginemos, então, que foram feitos manuais novos para todos os anos na disciplina de Biologia, durante o mês de Julho mas não Agosto (mês de férias).
Esse manual não contém:

* a mais recente técnica de extracção de células estaminais
* a despromoção de Plutão a planeta anão
* a nova técnica do motor iónico na sonda europeia Smart-1 que se limitou a um gasto de 50 litros de combustível
* o uso de terapia genética no tratamento de cancro de pele
*...

E só estamos a falar de um mês de notícias sobre Biologia e as suas implicações!!

Sim, eu sei que isso não acontece na maior parte das disciplinas. A Matemática não se altera, a Língua Portuguesa também não. Mas a Biologia sim. E se em 1999 era utópico mapear o Genoma Humano, em 2000 foi mapeado e começou-se a manipular com fins terapêuticos.

De férias

Quando a maioria já iniciou o trabalho, incluindo eu própria, vou "de férias" para o Alentejo, para a casinha dos papás.

É a Festa Rija este fim de semana, as Festas Anuais em honra de Nossa Senhora da Consolação, cujo programa se pode consultar aqui.

Igrejinha é mais uma das inúmeras aldeias que organizam Festas Anuais de forma a receber de braços abertos todos os visitantes e filhos da terra que andam espalhados pelo País e o Mundo.

Destaco, no sábado, o magnífico Festival de Pirotecnia (que respeita todas as regras de segurança), um dos melhores do distrito.



















Adenda: A amiga Terras do Alentejo tem razão. Porque houve um acidente rodoviário que destruiu a placa, quem vem de Évora e passa na ponte por cima da auto-estrada, deverá voltar à direita no cruzamento seguinte.