A pretexto da minha distribuição de serviço ter sido alterada, ando a pensar bastante na Educação Especial (coisa que talvez já devesse ter feito com maior regularidade).
Já tive, como todos os professores, alunos com Necessidades Educativas Especiais e com eles, apoiada pela professora de Ensino Especial, tive sucesso ou não na minha disciplina.
Quando leccionei em Mértola, tive uma turma de 8º ano com 28 alunos em que muitos alunos tinham NEE. Nunca me senti apoiada mas alguns alunos tiveram classificação positiva na disciplina de Ciências e sei que agora frequentam o 10ºano. Outras escolas por onde passei funcionavam assim também.
Em Almodôvar, este regime funcionava de forma bastante diferente. Nestes dois anos, tive alunos com NEE mas a professora de Apoio andava sempre por ali, disponível para ajudar no que fosse preciso... Havia reuniões com frequência, todo o apoio possível e, se não fosse possível hoje, amanhã seria de certeza... O objectivo era sempre ajudar os alunos, mesmo que o caso fosse desesperante como foi com o D. do 7ºC que, no ano passado, melhorou bastante e passou de ano.
Este ano, foi-me atribuída uma turma de 9ºano com alunos com NEE. Só que NÃO HÁ NENHUMA PROFESSORA DE ENSINO ESPECIAL!! Nem para uma situação tão específica quanto a existência de um aluno cego... já para não falar em hiperactividades e síndromas de uma série de coisas. NEM UM COLOCADO!! Estamos a falar de uma escola onde havia três professoras de Ensino Especial e todas com muito trabalho e situações deveras preocupantes.
Tudo bem que a Ministra diga que os professores têm que desenvolver um trabalho mais efectivo e que houve melhor gestão de recursos. Tudo bem que houve colocações em sítios onde de facto e comprovadamente havia necessidades.
MAS AQUI NÃO HÁ??????
Estes alunos, incluindo o aluno invisual que foi sempre acompanhado por uma mesma professora, vão fazer exames nacionais e merecem respeito!!
Já tive, como todos os professores, alunos com Necessidades Educativas Especiais e com eles, apoiada pela professora de Ensino Especial, tive sucesso ou não na minha disciplina.
Quando leccionei em Mértola, tive uma turma de 8º ano com 28 alunos em que muitos alunos tinham NEE. Nunca me senti apoiada mas alguns alunos tiveram classificação positiva na disciplina de Ciências e sei que agora frequentam o 10ºano. Outras escolas por onde passei funcionavam assim também.
Em Almodôvar, este regime funcionava de forma bastante diferente. Nestes dois anos, tive alunos com NEE mas a professora de Apoio andava sempre por ali, disponível para ajudar no que fosse preciso... Havia reuniões com frequência, todo o apoio possível e, se não fosse possível hoje, amanhã seria de certeza... O objectivo era sempre ajudar os alunos, mesmo que o caso fosse desesperante como foi com o D. do 7ºC que, no ano passado, melhorou bastante e passou de ano.
Este ano, foi-me atribuída uma turma de 9ºano com alunos com NEE. Só que NÃO HÁ NENHUMA PROFESSORA DE ENSINO ESPECIAL!! Nem para uma situação tão específica quanto a existência de um aluno cego... já para não falar em hiperactividades e síndromas de uma série de coisas. NEM UM COLOCADO!! Estamos a falar de uma escola onde havia três professoras de Ensino Especial e todas com muito trabalho e situações deveras preocupantes.
Tudo bem que a Ministra diga que os professores têm que desenvolver um trabalho mais efectivo e que houve melhor gestão de recursos. Tudo bem que houve colocações em sítios onde de facto e comprovadamente havia necessidades.
MAS AQUI NÃO HÁ??????
Estes alunos, incluindo o aluno invisual que foi sempre acompanhado por uma mesma professora, vão fazer exames nacionais e merecem respeito!!
3 comentários:
Li o seu post e surgiu-me uma dúvida. Terá havido, a nível nacional, redução do número de professores do ensino especial? É que na minha escola, habitualmente, eram colocados 3, este ano estão 2. Não sei o número de alunos com NEE, mas duvido que tenha diminuido, antes pelo contrário.
A ministra quer é pôr 1 professor a fazer o trabalho que antes era feito por 2 ou 3. Não há respeito nem pelos profissionais nem pelos alunos. Na minha ex-escola eu dava apoio individual a uma aluna invisual mas tive uma pequena formação em como lidar com ela. A professora do Ensino especial tinha horário para nos ajudar... Aqui no continente é tudo orientado para a poupança. Uma vergonha!
Beijos
Olá Ana! Muitos parabéns pelo Blog...
De facto é de lamentar que a ministra queira reduzir as vagas do ensino especial... é um contrasenso pois se queremos eliminar as elevadas taxas de abandono escolar, é necessário promover o ensino especial ajudando assim os alunos a superar as suas dificuldades para assim transitarem de ano e ... pelo menos terminar o 9ºano de escolaridade!!! Quando a escolaridade passar para o 12º vai ser interessante...
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