Caros Senhores, o que me leva a entrar e a responder neste fórum é a falta de entendimento que observo entre pais e professores. Já o defendi várias vezes no meu blogue que esta falta de entendimento não magoa nem pais nem professores mas acba por prejudicar claramente a educação dos miúdos e só uma completa articulação e entendimento entre os dois lados pode resultar no que todos esperamos da Escola.
Sou professora há oito anos e na minha área não me posso dar ao luxo de não preparar aulas (basta pensar no que aconteceu com o 'planeta' Plutão e com os recentes Nobel da Química e da Medicina), se quero que os meus alunos estejam preparados para o futuro, eles não pode ter aulas com conhecimentos já ultrapassados. :D Os meus testes não são todos iguais de ano para ano, até porque as turmas são diferentes, o tempo de ocupação com cada tema pode ser diferente, encontrei imagens mais giras, o que for...
Mas, SIM, tem razão alguns de nós fazem isso. :)
Mas também alguns de vós não são assim tão atentos, pois não? :D
Caros senhores, com todo o respeito que me merecem, não atirem pedras a TODOS os professores, denunciem os maus profissionais que existem em todas as profissões e pronto. Não vale a pena generalizar porque, acreditem, muitos muitos professores andam a trabalhar a vosso lado na educação dos seus filhos, muitos e muitos professores são competentes e adoram a sua profissão aplicando nela todas as suas forças.
O Governo faz guerra aos funcionários públicos e a Ministra aos professores. Também muitos pais violentam fisica e psicologicamente os filhos e eu não acho que todos os pais sejam assim, agora que o Governo vai colocar a mão ainda mais pesada na legislação sobre os maus tratos. Sejamos Honestos. Todos estamos a trabalhar para o mesmo e não há necessidade de guerras.
Posição esta que já aqui defendi vezes sem conta... assim como a Avaliação dos Professores!
7 comentários:
estou a ver que vida de professora não é fácil!!!
:)))
resta perguntar a esses senhores quais são esses interesses:
a) se são de pais sérios e preocupados com as consequências sociais que a delapidação da educação trará na evolução societal;
b) se são pais interessados em criar mais horas de atendimentos aos seus filhos para que possam ir passear para os centros comerciais, ou para o cinema;
c) se são os interesses dos pais que reconhecem não ter capacidade para educar os filhos e pedem à escola para o fazer;
d) se são os interesses dos pais que porque se sentem impotentes para pressionar o poder politico de forma que estes legislem contra o patronato, no sentido de proteger o direito o trabalhador de acompanhar o seu filho no processo educativo;
...
Agora digo-te qual é o meu interesse com tudo isto. Muito simples, antes de ser professor, sou pai de duas lindas crianças e quero que elas vivem numa sociedade equilibrada, até pode não ser das mais ricas, mas que seja equilibrada, informada e activa...isto cara amiga, não se faz dstruindo uma educação que, continuo afirmando, até que provem, de forma clara o contrário, que é um dos sectores melhores e mais produtivos do pais.
Olá Ana Cristina!Achei as tuas observações muito oportunas e equilibradas. Toda esta perseguição à volta do funcionalismo público e dos professores já me cansa. Não percebo como é que alguém ainda considera que ser funcionário público é muito bom e que os professores são incompetentes.
Bbom fim-de-semana que já se avizinha!
É um tema inesgostável este. Eu como mãe tenho imensos episódios (da telenovela prof-pais) para contar. Há para todos os gostos e para todos os lados. A chegada do meu filho ao secundário veio mostrar-me um mundo diferente (não melhor) daquele que eu conhecia. Quando eu pensava que já tinha assistido a tudo lá apareceram umas "surpresazinhas".
A turma do meu filho é especial (pode ser que alguém um dia queira escrever sobre a elaboração de turmas aqui na blogosfera), constituida por meninos escolhidos a dedo (quase). Já vinha assim desde o 7º ano mas no 10º (com a saída de uns para outras áreas) entraram outros. Não foi boa política, digo-vos eu. Se me perguntarem se também meti o bedelho para ele ficar ali, meti. Confesso. Uma mãe nunca arrisca.
Se por um lado, todos estão ao mesmo nível (em termos de oportunidades) por outro o grau de exigência é muito maior. Se as oportunidades são as mesmas, as capacidades podem não ser e é aí que a coisa se complica. Quando 90% dos miúdos são filhos de profs, nas reuniões quem tem razão? De quem é a culpa? Não deve ser um quadro desconhecido para nenhum de vós, profs. Quem fala na reunião? A vertente pai ou a vertente prof? É complicado...
Para mim não, sou sempre mãe nas reuniões e parto sempre do príncipio (por ser tb prof) que o professor tem razão. Se ele diz que o miúdo fez, ou não fez, é porque assim aconteceu.
a vida de professor.... tem muito que se lhe diga!! Julgo eu.... porque estou distante dela!!
MAs..... é um ciclo vicioso!!
Beijos e BFS
Como professor além de combater essa estratégia, sempre fugi dessas turmas. Orgulho-me de ter colaborado para que em duas ou tres escolas essa estratégia errada elitista e que em nada abona a credibilidade dos professores (nós fartamo-nos de dar tiros nos próprios pés). Infelizmente não tive em todas...
Eu já desisti. Não consigo fazer-me entender nesse aspecto. Já não dá. Não vale a pena tentar dizer às pessoas que as 26h que passamos na escola é o produto de horas de trabalho em casa porque, como eles não o fazem, nunca irão entender.
Beijos
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