Lema de Vida:

Aprender até morrer, morrer sem nada saber!!

segunda-feira, novembro 06, 2006

Estrada

Tem sido muito complicado manter um trabalho decente fazendo uma hora e meia de viagem para chegar à escola e outra hora e meia para voltar... Nem falo em reuniões ou acções de formação.

Gerir tudo é muito difícil e implica que eu faça uma ginástica brutal, tentando conciliar tudo.

Durante estes últimos dois anos isso aconteceu mas resultou num acidente de viação. Neste dois meses, já não consegui aguentar o ritmo deixando para segundo plano coisas tão preciosas como a bloguice e a minha leitura...

Cada vez que penso em estrada, em viagens, desoriento-me... Até as idas à casa dos meus pais, religiosamente agendadas de 15 em 15 dias para matar saudades do cheiro do meu Alentejo, foram espaçadas.

E como eu, assim andam uns quantos milhares que ainda aliam os filhotes que tem que cuidar e dar atenção...
Decididamente, assim não se fará um bom trabalho!!

10 comentários:

Alda Serras disse...

Decididamente assim não é vida! Passei os últimos dois anos a fazer cento e tal quilómetros por dia e ainda não recuperei desse desgaste. Saía muito cedo e regressava tarde, não tinha tempo para nada! E não é só o trabalho que sai prejudicado, a saúde, a vida familiar e social, a carteira,...

Velveteen disse...

é verdade. este ano tbm tou a 1:30 d casa, mas optei por,mais uma vez ficar n terra onde lecciono. tou a pensar às 2ªs ir e vir, pois tenho 3ª livre. as saudades d casa apertam, mas so d pensar em fazer 4 viagens por semana....imagino os/as colegas q fazem isso tds os dias. ainda falam mal dos professores. era um mês a fazer o q fazemos q calavam-s logo logo. Good luck and good year!

Anónimo disse...

Achas que alguém quer saber disso, uma vez falei desse tema, numa roda de conhecidos, um virou-se e disse para que é que vão para professores? Claro que nem lhe respondi, não valia a pena, pobre infeliz. Boa semana.

Anónimo disse...

Conheces o provérbio, Aguas na horta e sol na eira?
Muitas das profissões são como os caracóis sempre foram e continuarão a ser. É uma questão de escolha e para tudo há um preço, esse é o vosso preço e não só, ha os policias os militares, em fim varias profissões em que a casa anda as costas

Anónimo disse...

Sim, infelizmente vida de professor é como vida de cigano. Só é pena que aqueles que criticam os professores e que todos os dias se levantam e vão a pé para o seu escritório com ar condicionado e às 18h voltam para casa sem pensar em mais nada, não experimentem a sensação de cada ano não saber como será a vida, para onde irão, onde ficarão, etc..
É certo que todos somos livres de escolher, e ser professor implica sobretudo uma entrega pessoal, pois não se lida com números mas com pessoas que estão em fase de construção da sua identidade. Mas só é pena que na nossa sociedade se continuem a ver os professores como "bodes expiatórios" para o mal que existe no nosso país..
Uma beijoca, e desculpa o testamento :D

Hindy disse...

É certo que não!

Um beijinho "hindyado"! :o)

IC disse...

Pois, Ana... :(
Ao menos o país podia mostrar algum reconhecimento em vez de andarem tantos lacaios ao serviço de uma ministra que até vai penalizar os professores que acabarem por adoecer.
Esperemos que venham melhores tempos. Beijinhos.

Anónimo disse...

uma coisinha poderás fazer : muita música animada ouvir!!!!

;)*

A Professorinha disse...

Como te compreendo! Tu hora e meia e eu uma hora... e pensar que no ano passado apanhava o autocarro a 7 minutos de onde morava e 7 minutos o autocarro demorava a chegar a casa...

Beijos de força

Anónimo disse...

Uma das minhas muitas experiências de vida, compartindo para deixar pensar os muitos turistas virtuais e que aqui passam como eu.
Tive como primeiro patrão aos 32 anos neste pais. Dos 18 aos 32 fui militar miliciano, conheci o tal império português, um género de polvo que trazia a comida a boca neste caso a tal METRÓPOLE, Que hoje é Portugal continental.
Mas vamos ao que me propus.
Um dia o homem que assinava o cheque que eu levava para casa me disse.
Quando admitires alguém para trabalhar connosco tens de adoptar por dois pontos principais.
1- Se tem casa própria
2- Se vive a grandes distancias
No primeiro caso será um trabalhador com grandes possibilidades de remanência na firma, caso tenha casa própria
No segundo quanto mais próximo melhor, pois a distancia é um factor da maior importância para a produtividade do mesmo.
Ele era o dono, e sabia o que dizia.
Hoje posso dizer que com essas grandes distancias muito desgaste existe e tem de haver alguém a perder. Quem não sei.