A propósito das avaliações e do processo continuado de desacreditação dos Professores que a Ministra quer impor à opinião pública, gostaria que os Professores pensassem no seguinte:
Em vez de fazerem greves inócuas, que ainda por cima cheiram a férias desapropriadas entre feriados, os professores deviam pensar seriamente em cumprir integralmente nas suas escolas o seu horário de trabalho.
Passo a explicar:
Pela manhã, TODOS os professores se apresentavam nas suas escolas para iniciarem o seu dia de trabalho. Agora vai ser necessário um pouco de aritmética, mas da mais básica. Se um professor tem 3 horas de aulas num dia, cumpre mais quatro horas de permanência na escola. Nessas quatro horas é suposto corrigir testes, preparar aulas, elaborar enunciados das provas,
etc., etc. Tudo o que se relacione com a sua profissão e que normalmente está habituado (mal) a fazer em casa.
É também suposto utilizar as secretárias, as cadeiras, os computadores e as impressoras da escola para o seu trabalho. É que também é suposto que, antes de exigir resultados, a escola lhe forneça condições de trabalho. No final das sete horas de trabalho diário (7 x 5 = 35) saíam da escola para casa, deixando na escola o trabalho que ficou por fazer.
Facilmente os Conselhos Executivos chegarão à conclusão que a escola não oferece condições aos professores para que estes trabalhem, e terão que o comunicar ao Ministério, ou não há seriedade dos Conselhos Executivos.
Ou tentarão os Conselhos Executivos agir de forma a convencerem os professores de que como estes se acotovelam na escola o melhor será irem para casa?
Mas poderão os professores ser penalizados por quererem exercer o seu trabalho no local de trabalho que lhes está por natureza determinado?
Deixem de ser um bando e passem a actuar como um grupo. TODOS para as escolas desde manhã, a cumprir o horário de trabalho na escola, o local de trabalho natural.
Atasquem completamente as escolas com a vossa presença e deixem que a ausência de condições de trabalho faça o resto.
Deixem-se de greves inócuas e atrapalhem verdadeiramente o sistema de forma legal.
Provem de uma vez por todas que querem trabalhar e que este patrão não vos dá condições de trabalho apesar de vos exigir resultados, e ainda por cima enxovalhando-vos continuamente. (…)
Sejam de uma vez por todos PROFESSORES UNIDOS.
Se assim não for, rendam-se às evidências e façam o trabalho dos auxiliares educativos como se passa na Guarda ao tirar faltas, ao levar livros de ponto para as salas, ao levar meios audiovisuais pessoais por a escola não ter, que ajudam o ministério a poupar uns cobres.
E NÃO SE QUEIXEM.
Para quem não sabe, não sou professor.
Sou um reles engenheiro que às vezes pensa nestas coisas, muitas delas
quando às quatro ou cinco da manhã grito para a minha mulher que está no
escritório a corrigir testes e pergunto se não se vem deitar.
Em vez de fazerem greves inócuas, que ainda por cima cheiram a férias desapropriadas entre feriados, os professores deviam pensar seriamente em cumprir integralmente nas suas escolas o seu horário de trabalho.
Passo a explicar:
Pela manhã, TODOS os professores se apresentavam nas suas escolas para iniciarem o seu dia de trabalho. Agora vai ser necessário um pouco de aritmética, mas da mais básica. Se um professor tem 3 horas de aulas num dia, cumpre mais quatro horas de permanência na escola. Nessas quatro horas é suposto corrigir testes, preparar aulas, elaborar enunciados das provas,
etc., etc. Tudo o que se relacione com a sua profissão e que normalmente está habituado (mal) a fazer em casa.
É também suposto utilizar as secretárias, as cadeiras, os computadores e as impressoras da escola para o seu trabalho. É que também é suposto que, antes de exigir resultados, a escola lhe forneça condições de trabalho. No final das sete horas de trabalho diário (7 x 5 = 35) saíam da escola para casa, deixando na escola o trabalho que ficou por fazer.
Facilmente os Conselhos Executivos chegarão à conclusão que a escola não oferece condições aos professores para que estes trabalhem, e terão que o comunicar ao Ministério, ou não há seriedade dos Conselhos Executivos.
Ou tentarão os Conselhos Executivos agir de forma a convencerem os professores de que como estes se acotovelam na escola o melhor será irem para casa?
Mas poderão os professores ser penalizados por quererem exercer o seu trabalho no local de trabalho que lhes está por natureza determinado?
Deixem de ser um bando e passem a actuar como um grupo. TODOS para as escolas desde manhã, a cumprir o horário de trabalho na escola, o local de trabalho natural.
Atasquem completamente as escolas com a vossa presença e deixem que a ausência de condições de trabalho faça o resto.
Deixem-se de greves inócuas e atrapalhem verdadeiramente o sistema de forma legal.
Provem de uma vez por todas que querem trabalhar e que este patrão não vos dá condições de trabalho apesar de vos exigir resultados, e ainda por cima enxovalhando-vos continuamente. (…)
Sejam de uma vez por todos PROFESSORES UNIDOS.
Se assim não for, rendam-se às evidências e façam o trabalho dos auxiliares educativos como se passa na Guarda ao tirar faltas, ao levar livros de ponto para as salas, ao levar meios audiovisuais pessoais por a escola não ter, que ajudam o ministério a poupar uns cobres.
E NÃO SE QUEIXEM.
Para quem não sabe, não sou professor.
Sou um reles engenheiro que às vezes pensa nestas coisas, muitas delas
quando às quatro ou cinco da manhã grito para a minha mulher que está no
escritório a corrigir testes e pergunto se não se vem deitar.