Lema de Vida:

Aprender até morrer, morrer sem nada saber!!

sábado, maio 06, 2006

Desafio...

Pelo vistos, deu polémica o ataque que eu sofri pelo dito elemento.
Não era esse o objectivo, confesso. Era um desabafo principalmente porque ele é da família e tem a noção das horas a que eu chego sempre a casa...


Mas este novo post tem um objectivo preciso.

Caros colegas, vamos deixar aqui o testemunho de como é a nossa vida de eternas férias, nós, professores que nada fazemos... Obviamente que os comentários de familiares também se aceitam, até porque é a família que mais sofre!
Pode ser?

22 comentários:

AnaCristina disse...

Começo eu...
Costumo sair de casa às 6.30 da manhã mas entretanto já arrumei e fiz algum do trabalho de uma dona de casa.
As minhas aulas começam às 8h e em regra terminam à hora de almoço. Depois de almoço, que dura uma hora, volto para aulas ou outras actividades. O quê, por exemplo?
Pertenço ao Conselho de Turma de um curso profissional e desenvolvo algum trabalho de parceria, vou tirar cópias de material que preparei, vou prepara a reunião de Grupo, vou fazer telefonemas relativos à organização de actividades na escola,...
Entre aulas e trabalho extra, saio da escola normalmente às 6.30/7h num dia bom.
Na viagem demoro 1.30h, gasto gasóleo e o carro que pago do meu bolso, e qunado chego a casa, faço jantar e algum do trabalho de uma dona de casa.
A partir das 11h da noite, vou para o escritório trabalhar, preparar aulas, fazer fichas testes, fazer powerpoint, acetatos, corrigir testes e TPC ou outros trabalhos. Costumo deitar-me às 2h da manhã.

Esta é a rotina semanal. Ao fim de semana, confesso que trabalho alguma coisa mas ao domingo à noite.

Nas inúmeras férias que temos, eu aproveito 2/3 dias porque existem reuniões de avaliação e papelada...

Sim, descansamos mais que o resto da população, mas o professor empenhado também trabalha mais que o resto da população!!

Eu trabalho!

Teresa Pombo Pereira disse...

Olá Cristina!

Sabes... eu já desisti de lutar contra essa ideia feita de que nós professores não trabalhamos nada e que temos muitas férias. Já pouco me irritam os comentários dos amigos que me dizem no Natal ou na Pascoa, "Então, não estás de férias??!!". A maior parte das pessoas deve imaginar que as coisas (materiais, aulas, fichas, reuniões de preparação....) aparecem feitas mas penso que, no meu e em muitos outros casos, bastam verem o site, os blogs, o podcast e percebem que estão ali muitas horas e dedicação. E se não perceberem, paciência! Se a esse trabalho, feito em casa, somarmos as 26 horas na escola, as horas em que faço o jornal escolar, 2 horas de formação que dou num centro prof., as explicações para que o ordenado cubra as despesas, a tese de mestrado, um filho lindo e um segundo marido que me respeita e apoia bem mais que o 1º....acho que não preciso de dar aos ouvidos aos outros.
Sei quanto valho e sei quanto valem outros, pessoas lindas como tu que adoram o que fazem.
Porque.. quem corre por gosto não cansa!

Um beijinho e bom fim de semana!

IsaMar disse...

Cristina...o mesmo que a professora Teresa disse eu digo...porque quanto mais importancia dermos a tanta coisa que está mal...pior para nós...desgastamo-nos e tornamo-nos pessoas mais frageis...
Por isso Cristina avança sempre em frente...
Não é fácil...eu sei..também muitas vezes sinto-me mal com tantas coisas...mas tento pensar que sou mais importante que tudo o resto...

Velveteen disse...

Olá. Começo por dizer que não admito a ninguém, que nunca tenha passado pela nossa profissão (principalmente de há uns anos para cá!) qualquer tipo de comentário sobre a mesma. saí da Universidade há 7 anos com boa média, mas graças ao sistema de colocações deste justo país, ainda não consegui entrar nos Quadros. Cm n m posso dar ao luxo de ficar cm horários incompletos senão são lugares q desço na lista, sujeito-m a concorrer e a ser colocada no "cú de Judas"; ou seja, em terras p as quais mais ninguém quer ir. Isto implica o quê? Alugar casa (são 2 q tenho q pagar!), gastos cm gasóleo, portagens, etc... Cm n tenho vida própria gosto de passar o fim d semana na minha terra linda cm os amigos e a família, opto por m levantar às 5 da manhã, pq n dia seguinte tenho aulas às 8:25. E isto já dura há 7 anos. Tenho 7 turmas p leccionar, 150 alunos p ensinar, 150 testes p corrigir, 150 cadernos p ver......
estou na escola tds os dias das 8:25 às 17:30, mas qnd chego ao sítio onde moro (sim, pq viver, vivo em Aveiro!!) vou preparar mais umas aulitas e corrigir mais umas fichitas. O q m vale é q tou super à vontade na minha área e tenho o trabalho facilitado.
Ao fim semana recuso-m a trabalhar pois enqt a maioria das pessoas tá durante a semana cm a família, eu só estou cm os meus ao fim semana. E cm o ME não nos paga a dedicação, nem a escola m coloca uma estátua à entrada, tenho mais q fazer. E a minha vida e a d tnts professores, colegas e amigos é assim....faz mala, desfaz mala. Levanta de madrugada, após viagens d 1,2,3 ou mais horas temos q aguentar "firmes e hirtas" até às 17:30. E desengane-s quem pensa q 8 hs numa escola é o equivalente a 8 hs num escritório, loja, fábrica, etc... ( não denegrindo a profissão d ninguém). É q perante turmas d 20 e tal miúdos, s baixarmos os braços ou mostramos cansaço...somos literalmente "engolidos".
Ah, e as eternas férias dos professores...eu passo metade do mês de Agosto (mês d férias p 90% dos portugueses) a pensar s fico colocada ou não, ou p onde m vão "enviar" este ano! Por td osto, evitem falar dakilo q desconhecem. Deixem os professores em paz!!!

Velveteen disse...

enganei-m: eu queria dizer q tenho vida própria. eheheh. cm tds os colegas "desterrados". é o q dá escrever à pressa.....

IC disse...

Como decidi passar o fim de semana em Marte, o que significa com a cabeça fora das coisas agressivas que nos rodeiam, voltarei depois para completar a minha resposta ao teu desafio. Agora deixo só um episódio: no ano passado tive que sair à noite por falecimento do pai de uma amiga e quando, num grupo de amigos (amigos, reparem, nem esses deixam de ter certas ideias sobre o nosso trabalho)disse que tinha que vir embora pq ainda tinha aulas para preparar, foram várias as vozes de espanto: "preparar aulas? ora... ainda precisas de preparar aulas?" Não sei se as pessoas julgam que preparar aulas é estudar a matéria que se vai dar (lol). De facto, tenho 36 anos de experiência, mas em cada um dos últimos anos mais materiais faço para as aulas (e os do ano anterior parecem-me sempre precisarem de ser modificados/melhorados), mais os decrescentes hábitos de esforço e atenção dos alunos requerem fichas, etc. que lhes facilitem a aprendizagem e o estudo e os mantenham concentrados e activos nas aulas.
Este foi só um aspecto do trabalho, foi só uma referência à tão falada componente lectiva individual para trabalho em casa, dita de pretexto para termos um horário de preguiçosos.
Quanto aos colegas que, como tu, Ana, e outros que comentaram, ainda têm essa vida de incerteza e de colocações longe de casa, deixo o meu enorme apreço e a minha solidariedade (solidariedade que nada vale em termos práticos, mas que ao menos significa maior repúdio ainda pela imagem generalizada que estão fazendo passar dos professores)

tsiwari disse...

Férias?

Há dois anos, em Agosto estive de férias uma segunda-deira e um quarta-feira. Consecutivas...

No ano lectivo transacto, em Agosto, lá tirei duas semanas... na primeira, não fui à escola e tive o tlm a tocar todo o tempo.
Na segunda semana, passei pela escola, pois então. Os hprários a serem elaborados e as dicas eram precisas.

Os meus 4 filhos e a mãe deles, não acham muita piada a isto...

Dir-me-ão que é falta de organização...

poderá ser, ou não.


isto de ser professor tem muito que se lhe diga...

Anónimo disse...

Este ano estou colocada perto de casa mas com um horário incompleto. Apesar de ter duas turmas, acabo na prática por ter três, pois um dos meus alunos é de nacionalidade estrangeira e, por isso, tenho sempre de preparar materiais diferentes para ele. Como o ordenado é escasso, estou também a dar explicações, as quais também tenho de preparar. Além disso ainda estou a preparar uma tese de mestrado.
Durante as pausas lectivas, a maior parte do tempo é ocupado para tratar de assuntos relacionados com as aulas, como pesquisa de materiais, e de assuntos pessoais que para não faltar adio para as férias.
No ano passado, por exemplo, dava aulas de dia e à noite. Noutro ano estive a dar ensino recorrente, dei aulas até ao final de Julho e, como era coordenadora, em Agosto ainda estava na escola a tratar de burocracias e papeladas.
Aqui em casa há muito que se percebeu que os professores trabalham e bastante.

Anónimo disse...

Esqueci-me de dizer que adorei este blog e vou passar a frequentá-lo mais vezes, sem dúvida nenhuma.

escorpiaotinhoso disse...

Olá Ana Cristina,

Ainda não tinha visto o novo aspecto do seu espaço... Muito bem.

Essa ideia de que os Professores têm férias a mais , só acredita quem quer, mas a realidade é mais que óbvia e resume-se a muito trabalho e pouco dinheiro. À portuguesa, com certeza

ET

A Professorinha disse...

Tinha aqui um grande discurso onde comentava que estou a 1100km de casa para trabalhar, que só vou a casa as poucas vezes que o GRANDE ordenado me permite que vá... mas resolvi resumir, pode ser que assim entendam:
Primeiro, não me queixo, adoro o que faço. O que eu ABOMINO é pessoas que acham que eu não trabalho. Eles é que, em útlima análise, não trabalham, ora reparem:
Eles, quando tomam o café (ou cafés) estão a trabalhar as suas 35 horas, eu não; quando eles estão a mudar o tinteiro da impressora estão a trabalhar para as 35 horas, eu não; quando eles estao a fumar o cigarrito estão a trabalhar nas 35 horas, eu não; quando vão à casa de banho estão a cumprir as 35h, eu não. As 22h que eu trabalho (no local de trabalho: a sala de aula - sim porque os intervalos NÃO CONTAM para as 22h - que já nem são 22h são mais) são TRABALHO: não tomo café, não fumo o cigarro, não mudo os tinteiros à impressora, não vou à casa de banho... que tal? Pensem um bocado nisso. Pensem quantas horas afinal trabalhamos se incluirmos o ir à casa de banho, o fumar, o pequeno almoço, o beber o café, o mudar os tinteiros, a conversa com os colegas, os telefonemas para os amigos, tudo o que eles fazem nas 35 horas... e acrescentem o preparar aulas, o corrigir testes, o preparar o material de apoio, o fazer testes, etc, etc. Eu também gostava de ir à casa de banho durante o meu trabalho... mas estou a dar aulas... vejam lá. Quem trabalha mais afinal?? (perdão porque afinal sempre foi um grande discurso...)

Teresa Martinho Marques disse...

Bem...
Eu podia fazer uma lista, mas o espaço não deveria chegar, tanta é a coisa em que me meto e me metem em cada ano. E alguns não acreditariam que é possível fazer isto tudo, portanto...
Posso apenas dizer que o marido só não se queixa porque é um prof também (embora na univ) e também se mete em montes de coisas (quem se dedica publica muito, tem de trabalhar em vários países com várias equipas de investigadores, ainda apoia a formação de profs e trabalha com estagiários que gostam imenso dele e o sabem disponível sempre para os ajudar nas aulas, durante o estágio e mesmo depois quando já não são alunos dele, ainda arranja tempo para escrever para o público a "malhar" na milu...) e os filhos não se queixam, porque... não os há (coitados...se houvesse... estava feita). Tal como a Teresa gosto do que faço e não me queixo nem ligo já muito a quem generaliza abusivamnete. tempo para me defender não arranjo, pois já tenho muito com que me ocupar. Abri hoje uma excepção. Dou apenas como exemplo a Páscoa e o CArnaval sempre aqui em casa a trabalhar (e a estudar, porque há que progredir) e passei uma parte do Agosto passado (pois fui eleita coordenadora dos DT) a fazer quase uma centena de impressos e materiais em versão digital para apoio logístico ao sector de alunos e ao trabalho do professor e director de turma. Criei um CD de apoio para todos os profs com tudo e ao regressar em Setembro(de "férias" - que passei por aqui)já tinha tudo pronto para o arranque do ano. Se vos disser o que faço desde as 5:30 (hora a que me levanto) até me deitar, provavelmente não acreditariam. Agora que pensava ter tudo orientado, acrescentaram-me mais duas tarefas - corrigir o PE e coordenar a equipa do Projecto Curricular de Escola. Podem ver também que o meu site para os alunos, o SOS prof, os blogs das turmas não acontecem por geração espontânea... saem mesmo do pêlo e a qualquer hora.
P.S. Detesto generalizações e ter de pagar pelos incumprimentos de outros. Estou congelada (a uma semana de mudar de escalão... foi-se a ilusão) e nem por isso "me vinguei" trabalhando menos. Se tivessem aqui à mão os pais dos meus meninos e os meus meninos, eles explicavam melhor por que mereço cada pouco tostão que ganho. (Desculpem a imodéstia, mas desafio é desafio!)Beijinhos Ana!

Anónimo disse...

No que me respeita...

... quase nunca gozo todos os dias a que tenho direito!

Pura e simplesmente porque não tenho tempo para o fazer...

Mas eu explico:

Sou daquelas "parvas" que nunca falto e vou a todas! (Por vezes contrariada, mas... VOU!!!).

Bem... o "nunca" é relativo... o "nunca" significa, neste caso, excepto por motivo de doença minha ou do meu filho!

Mas para que se possa ter uma ideia de quantas vezes isto acontece (Graças a Deus), só ilustro com o seguinte: o meu filho frequenta, no presente ano lectivo, o 4º ano de escolaridade e é o 4º ano que está com a MESMA Professora. Pela primeira vez teve que faltar (durante 5 dias) porque teve rubéola e foi motivo de preocupação e admiração por parte da Professora e dos colegas.

Nestes 5 dias, eu apenas o acompanhei em 2! (Apesar de ser mãe solteira e de não ter família perto, arranjei-me cá como pude para lhe proporcionar auxílio e ao mesmo tempo para que os meus alunos em pouco ou nada saíssem prejudicados!)

Quanto às minhas doenças... são passageiras! Nem que seja com 2 aspirinas no buxo!!! Lá vou eu!...

Mas não estou a contar isto para me vangloriar! Nem há motivo para isso! Tem sido pura sorte e uma verdadeira benção sermos os 2 saudáveis!

É apenas para ilustrar o nº de vezes que falto ao longo do ano lectivo!

Por outro lado, nunca chego atrasada! Há dias em que o esforço é sobre-humano, mas... lá consigo! (E não moro longe da escola nem há trânsito, sequer, no caminho!...)

É claro que, quando chegamos ao final do ano, tenho direito aos dias todos de férias previstos na Lei.

No entanto, no final do ano, o Conselho Executiva da escola onde lecciono, "agradece-me" sempre o meu esforço de cumprimento, com uma tarefa bem cabeluda e que não se concretiza em meia-hora, numa manhã, nem sequer num dia!

Conclusão:

ou vou de férias, ou cumpro mais uma vez e... abdico de alguns dias!

Tenho optado pela segunda, mas cada vez me convenço mais de que sou uma grande parva! Porque a seguir os comentários são sempre desse género: os professores têm uma vida regalada, não fazem nenhum e têm mais fárias do que qualquer outra pessoa!

Este ano, e porque tem sido um ano de desgaste intenso (com 3 turmas de 9º ano, 2 turmas de 8º ano, 2 Estudos Acompanhados de 9º ano, duas horas de substituição em dias excelentes - 6ª 8:30-9:15 e 2ª 10:15-11:00 - e para que não bastasse ainda tive que assumir temporariamente uma Direcção de Turma a meio do 2º Período, após as reuniões intercalares, com tudo o que implicou nesta fase: Reuniões com E.E.'s para dar conhecimento das Alterações a Planos de Recuperação; dos Novos Planos de Recuperação; das Avaliações Intercalares; Processos dos alunos com N.E.E.'s que irão obrigatoriamente a exame; Contabilização de todo o tipo de faltas dos alunos, entretanto acumuladas, preparação e concretização da Reunião de Avaliação de Final de Período; etc., etc., etc.,), decidi que vou gozar TODOS os dias a que tenho direito, mais 3 que guardei do ano lectivo passado!!!

No entanto, fui obrigada a informar o Ministério de Educação e estou sujeita a ter que as interromper por causa dos pedidos de reapreciações de exames! E ainda tive que levar com as trombas da Vice-Presidente do Conselho Executivo da escola onde lecciono, porque não queria enviar o meu número de telemóvel (contacto pessoal) mas sim o número de telefone da escola!!!

Como isto de democracia tem muito pouco e a ditadura reinstalou-se, o meu contacto pessoal foi MESMO que fornecido não sei a quem e sem a minha autorização!!!

E, no final, as trombas nem sequer foram minhas!!!

Ainda querem falar de férias???

;o) The LBug

rosa do deserto disse...

Bem... nem sei por onde começar... Para não me estender muito, posso falar simplesmente deste ano. Este ano foram-me atribuídos 3 níveis completamente novos, nunca tinha leccionada nenhum deles, incluindo um que é mesmo a primeira vez a ser implementado. Fiquei responsável por 2 níveis do 12º ano (um deles a ter exame no final do ano) e um nível do 11º (também com exame no final do ano). como podem imaginar eu, assim que tive acesso ao horário e respectivos níveis, imaginei logo o ano que teria... Pois, posso dizer que passei o ano a trabalhar, para preparar minimamente estes níveis e mesmo assim não consegui efectuar o trabalho que gostaria, por falta de tempo e por cansaço. Muitas noites fiquei até de madrugada a trabalhar, as férias a trabalhar também... Nas ditas férias do Natal posso dizer que descansei um Domingo e na passagem de ano... Sim, passei a meia noite praticamente a dormir porque já não aguentava o cansaço do trabalho que tinha tido nesses dias. Tudo para a escola. Nas últimas semanas de aulas do 2º período fiz algumas directas a trabalhar, claro q a certa altura a directa transformava-se em falta ao primeiro tempo... Os meus fins de semana (todos excepto 2 ou 3) foram passados em casa, quer a trabalhar, quer a descansar, porque o cansaço muitas vezes tomou conta de mim... E nesses fins de semana entrava em casa à sexta-feira e saía à segunda... A minha delegada, que sempre me ajudou no que pôde, que sempre me apoiou bem sabe que é verdade... Actualmente ando tão cansada que me dá umas "brancas" na sala de aula...

Só expus um pouquinho do que tem sido a minha vida profissional este ano. Claro que nem falei nas várias reuniões, no trabalho burocrático, nas outras actividades, etc...

Apesar de tudo, apesar destes "lamentos" quero dizer que gostei imenso de trabalhar para as minhas criaturinhas que eu adoro, mas tenho pena de não ter mais disponibilidade de ter feito outro trabalho, mesmo assim sinto que foi incompleto... Devido à falta de tempo e ao enorme cansaço... Mas de qualquer maneira fiz o meu melhor e o que consegui porque os meninos merecem o nosso empenho...

Muitoooooooooo mais haveria a dizer mas fico por aqui...

Agora duma vez por todas, não venham dizer que os professores não fazem nada!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Beijo chefe

papoilasaltitante disse...
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
papoilasaltitante disse...

Eu nem vou chegar ai!! Vou só colocar umas questõezinhas...

- Qual é a profissão na qual se traz TPC e em que às 11 da noite (depois de o filho estar deitado) é que se preparam aulas e se corrigem testes ou trabalhos de casa??

- Qual é a profissão que te obriga a imprimir em casa, porque a escola não tem uma impressora a cores nem fotocopiadora nem dinheiro para tinteiros ( com custos do próprio bolso) testes , fichas, trabalhinhos (os de área de projecto de uma das minhas turmas por exemplo), bonecada e afins???

- Qual é a profissão que faz com que tenhas de pagar do próprio bolso, todo e qualquer material utilizado???

- Qual é a profissão em que és obrigado a ir sabe Deua para onde e onde toda e qualquer deslocação é paga do próprio bolso, com custos de desgaste de carro e sem direito a seguro...????

- Qual é a profissão que provoca um doença nas cordas vocais não a considerando doença profissional???

- Qual é a profissão que tem reuniões intermináveis fora da hora de serviço????



Bem e mais não digo...porque a única coisa que me faz estar ainda nesta profissão................ são os meus alunos!!!
Beijos

Anónimo disse...

Partilho com todos o "menu" de misérias desta nobre profissão. Se há neste mundo um bom exemplo, ele não será dado, obviamente, por um elemento da GNR, nem da PSP, nem da Guarda Prisional, nem da PJ... Enfim, amiga, não se desgaste com más línguas, até porque todos sabemos o nível cultural dessa gente valente da GNR - algum dia teve o azar de ir a um posto apresentar uma queixa? Pois é, como lhe digo, não vale a pena chatear-se: enquanto o número de professores for superior às necessidades, a opinião pública não vai mudar. Infelizmente.

Rui Diniz Monteiro disse...

Como não tenho nada de novo a acrescentar ao que os meus outros companheiros disseram, limito-me a deixar aqui uma pequena reflexão.
Sempre achei um pouco tolo comparar o número de horas de um trabalho sem atender à especificidade desse trabalho. Nunca o fiz em relação aos deputados, como nunca o fiz em relação aos trabalhadores de plataformas petrolíferas, ou aos soldados, majores e generais, ou... etc. Porque não é possível comparar!

PS: Eu não sou tão nobre como vocês. A minha saúde mental está a deteriorar-se de ano para ano, eu vejo alguns colegas que foram impedidos de dar aulas por junta médica, e não quero ficar assim! Além disso, como, faça o que eu fizer, estarei sempre "a mais e com fracas competências" (Ministra dixit), e como ninguém me irá compensar pela perda de saúde, eu agora decidi começar a defender-me.

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Anónimo disse...

Nenhuma vida é facil..ném a de professor, ném a de ninguém. Não sou professor mas posso dizer que namoro com uma.....que de 15 em 15 dias..para poder estar com ela num fds, atravesso o país e faço 500 km na ida e mais outros 500k na volta, que sou engenheiro, que dediquei 6 anos na faculdade, e mais o tempo do mestrado...que faço sacrificios para poder estar com ela..que sempre que chega a altura dos concursos...damos em malucos..e que mais uma vez fazemos e refazemos planos...e que afinal a vida é muito complicada.. porque afinal de contas... com tantas competencias e reconhecimentos...eu apenas ganho 650 euros...e estico-os o máximo que posso...e que afinal de contas...a vida é muito injusta..para os professores mas também para quem com eles vive e tenta planear uma vida.